EM - ELAS E AS LETRAS (INSUBMISSÃO ANCESTRAL) - COLECTÂNEA - IN-FINITA
sexta-feira, 23 de abril de 2021
A Valsa, o Samba e o Sapateado - MARLI AGUIAR
quinta-feira, 22 de abril de 2021
DEZ PERGUNTAS MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL... IDYANE FRANÇA
Idyane França
Artista, poeta,
jornalista, ativista do movimento negro e antifacista e da mídia livre.
Ganhadora do XXII Prêmio Estadual de Direitos Humanos Emmanuel Bezerra dos
Santos, pela Câmara Municipal de Natal/RN, juntamente com a Mídia Ninja.
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Ela nascia e eu renascia (excerto) - DANIELA MENDES
terça-feira, 20 de abril de 2021
DEZ PERGUNTAS MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL... MARIA JOSÉ ESTEVES
Maria José Esteves
Nasceu no Cartaxo, em 1956, mas mudou-se ainda criança para Santarém. Com o olhar no rio Tejo e a alma nas ondas do oceano, vive no concelho de Almada, desde 1981. Licenciada e Mestre em Sociologia, foi aposentada após um cancro lhe ter interrompido o percurso profissional. As dores do corpo e da alma fizeram renascer a paixão pela escrita criativa, a poesia e a fotografia. Começou a participar em cursos online, concursos e coletâneas, nomeadamente a coletânea de contos “O Tempo das Palavras com Tempo”, e-book editado na Escrytos (www.leya.com) e Toca a Escrever 2021, In-Finita. Participa nos Encontros Literários O Prazer da Escrita. É no seu blogue e nas redes sociais que mostra as suas criações. www.olharesememorias.wordpress.com
segunda-feira, 19 de abril de 2021
DEZ PERGUNTAS MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL... ROSÁRIO PEREIRA
2 - Quase um ano de pandemia, o que mudou na sua rotina, enquanto autora?
3 - O que tem feito para manter-se produtiva e dar continuidade aos projectos em tempos tão restritos?
4 - Pontos positivos e negativos na sua trajetória na escrita.
sábado, 17 de abril de 2021
DEZ PERGUNTAS MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL... ANA LIA ALMEIDA
Agradecemos à autora ANA LIA ALMEIDA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Poesia, prosa ou conto, por quê?
Escrevo somente prosa por não ter sido escolhida pela poesia. As palavras são voluntariosas: escolhem as mãos das pessoas que vão escrevê-las, na forma exata que elas querem.
2 - Quase um ano de pandemia, o que mudou na sua rotina, enquanto autora?
Eu tenho me afirmado como escritora há pouco tempo, embora escreva desde criança. A pandemia me motivou a definir melhor o lugar da escrita em minha vida, como parte desse processo de autoconhecimento que tem se colocado para muitas pessoas em meio a todo esse momento dramático. Isso trouxe mais disciplina para garantir momentos voltados à escrita e à leitura todos os dias, para que as demandas do trabalho remoto e a rotina doméstica não sufocassem todo o meu tempo. Essa disciplina está garantindo a minha participação em projetos como esta Coletânea, para a qual escrevi o conto “O enterro do baiacu”.
3 - O que tem feito para manter-se produtiva e dar continuidade aos projectos em tempos tão restritos?
Tenho sido teimosa. Passei a escrever todos os dias de manhã logo cedo, antes de todos acordarem na casa, e a ler nos momentos de intervalo e repouso. Também organizei em uma planilha todos os meus projetos, para não perder prazos e manter um registro da produção. Vejo isso como uma grande teimosia, porque as condições atuais são muitíssimo precárias para garantir esse tempo literário. Sou professora universitária e a docência é um trabalho apaixonante, mas que não deixa muito espaço para outras coisas, ainda mais nessa confusão do ensino remoto. Sou mãe de uma criança, também, o que tornou-se muito mais complexo com o isolamento social. Por isso não idealizo a pandemia simplesmente como um período de grande potencial criativo. Se não houver muita teimosia, organização e condições mínimas (garantia de renda e divisão de tarefas domésticas, por exemplo), não há espaço para escrever.
4 - Pontos positivos e negativos na sua trajetória na escrita.
Eu me arrependo muito de não ter me dedicado com mais vigor à literatura mais cedo, já que desde criança eu apresentava inequívoca inclinação para isso. Sempre escrevi, mas nunca até então, já com 37 anos, havia conseguido me dedicar a isto com maior afinco. Diários, contos, bilhetes, rascunhos, blogs, me acompanham desde que aprendi a escrever, mas a dedicação ao trabalho e também certas trajetórias de gênero dificultaram o meu desenvolvimento como escritora. Sempre contou a meu favor, no entanto, o incentivo intelectual familiar (muitos livros em casa, uma mãe leitora, um pai escritor) e a minha facilidade de inventar estórias.
5 - O que pensa sobre essa nova forma de estar, onde tantas pessoas começaram a utilizar LIVES e VÍDEOS para promover suas atividades?
Para mim é difícil se adaptar. Tenho dificuldade de acompanhar eventos virtuais, talvez pela superexposição à tela em função do trabalho remoto. Eu tenho a sensação de que é muita gente produzindo conteúdo para poucas pessoas dispostas a interagir com qualidade. É uma maravilha, de fato, criar interações sem depender das fronteiras territoriais, mas sou reticente com o real alcance e qualidade dessas interações.
6 - Acredita que o virtual, veio ocupar um espaço permanente, sobrepondo-se aos encontros literários presenciais, pós pandemia?
Creio que sim, trata-se de um espaço permanente, mas jamais substituirá os encontros presenciais pós-pandemia. Provavelmente os encontros passarão a ser mistos, e, dessa forma, serão mais inclusivos, pois quem não puder se deslocar poderá participar on line. No entanto, a prioridade continuará sendo a das interações presenciais, incomparavelmente mais ricas de afeto e de qualidade.
7 - Se pudesse mudar um acontecimento em sua vida literária, qual seria?
Teria me dedicado mais cedo à disciplina da escrita.
8 - Indique-nos um livro que lhe inspirou.
“Cacos para um vitral” (1980), romance de Adélia Prado.
9 - Quem é Ana Lia Almeida no reflexo do espelho?
Uma mulher que participa das lutas de seu tempo e tem muito gosto de viver.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
A quais projetos principais está se dedicando agora?
Vou lançar em breve o meu primeiro livro, “Curtinhas da Quarentena” (Ed. Venas Abiertas), um conjunto de pequenas crônicas, às vezes contos, que tematizam o cotidiano da pandemia e do isolamento social. Também estou trabalhando noutro livro, ainda para este ano, voltado às experiências e emoções conflituosas da maternidade.
Ana Lia Almeida
37 anos, é brasileira, professora universitária e ativista em defesa dos direitos humanos. Autora das mini-crônicas “Curtinhas da Quarentena”, tem publicado até então seus escritos em blog pessoal (www.saltodepalavras.blogsot.com).