sexta-feira, 31 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... ELISA PEREIRA


Agradecemos à autora ELISA PEREIRA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Uma necessidade. É a forma como eu consigo transbordar meus sentimentos, a maneira como sinto e percebo o mundo.

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Poesia. Mas nos últimos meses estou descobrindo o conto, e estou gostando bastante.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

Hoje penso que seja uma mistura de inspiração, trabalho e o caminho por onde manifesto, e envio minha mensagem para o mundo.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Gosto da ideia de pensar que ao ler meus versos e textos, o “outro” sofre uma mudança, seja ela interna ou externa. Gosto de provocar reflexão, apontar possibilidades, repensar escolhas.

5 - Qual o seu público alvo?

Acredito que seja bem eclético. No momento penso que homens e mulheres, jovens e adultos. Porém não estou limitada tão somente a esse público.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Modernismo/Contemporâneo

7 - Quais as suas referências literárias?

Guimarães Rosa, Carlos Drummond, Clarisse Lispector, Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, Valter Hugo Mãe, Mia Couto ...

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Divulgo em redes sociais, participo de saraus, compartilho com amigos e publico livros.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Quero descobrir meu próprio potencial na escrita e admito que sonho também com as premiações literárias.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Porque eu não comecei antes? Por que demorei a acreditar em mim mesma.



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quinta-feira, 30 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... FABIANE RODRIGUES DA SILVA


Agradecemos à autora FABIANE RODRIGUES DA SILVA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Gosto de escrever desde criança. Ainda nesse período comecei a traçar as primeiras linhas em pequenos livros nas folhas de caderno. Na adolescência me aventurei na poesia, contudo fiquei muito tempo afastada na arte da criação. Somente em 2018 voltei a escrever e não sei como fiquei tanto tempo. Escrever se tornou uma necessidade. Se estou triste escrevo, se estou alegre também. Encontro um conforto na literatura.

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Me sinto mais confortável na poesia e nos romances, mas já me aventurei em fantasia e suspense. Muitas vezes é necessário sair da zona de conforto.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

No momento é inspiração. Experiências vividas ao longo da vida, mas espero um dia se tornar um trabalho.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Pretendo transmitir empatia, que outras pessoas se encontrem e se identifiquem com o que escrevo. E trazer um pouco de sossego e entretenimento no coração do leitor.

5 - Qual o seu público alvo?

Meu público alvo no momento é praticamente jovens e adultos, mas também já escrevo para o público infantil.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Acredito que seria contemporâneo.

7 - Quais as suas referências literárias?

Me interessei pelo mundo literário lendo Dom Casmurro, foi meu primeiro clássico. Mas gosto e leio bastante Clarice Lispector e da Cecília Meireles. Também me interesso pela literatura contemporânea, como Carina Rissi, Samanta Holtz e Chris Melo.

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

A primeira divulgação é a família, eles que leem as nossas primeiras escritas e prestigiam. Contudo, também divulgo nas redes sociais em geral.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Ambiciono alcançar leitores que gostem da minha escrita, conhecer outras pessoas nesse meio literário e assim adquirir novas experiências. Acredito que a escrita pode me levar para muitos lugares e aumentar meus horizontes.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Gostaria que me perguntassem como comecei a gostar de livros. E minha resposta seria o incentivo que tenho desde criança pela minha família que me levava na feira do livro da minha cidade e o apoio da escola também, que me proporcionou conhecer escritores e muitas histórias com trabalhos.


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DÉCIMA SEGUNDA DEMÊNCIA (excerto II) - JOÃO DORDIO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Saibam do autor neste link
Conheçam a In-Finita neste link

Tu nunca soubeste, mas eu sempre te abracei devagar, devagarinho...
Apertava-te tanto... tanto, mas sem te sufocar! E sem tu sentires
porque estavas longe, apesar de estares ali... ainda... ao pé de mim...
Sempre desabafei todo o género de coisas contigo. Umas vezes
devagar, outras vezes devagarinho. Umas vezes entre estas linhas
cinzentas sempre tão direitas, mas que nunca conseguiam impedir
que as letras ficassem tortas. Outras vezes desabafava em silêncio
no beijo que se perdia no sonho ou num delírio, pelo líquido daquela
garrafa de vinho...
Ai, quando eu morrer e fechar os olhos pela última vez, assim
devagar, muito devagarinho... ainda vou escrever uma última vez,
talvez a última das mil vezes, que sempre te amei e te tive nas letras
que escrevia! Até na última! Até no ponto final!
Porque, na verdade, o coração já bate hoje devagar, muito devagarinho.
E quando deixar completamente de bater, irei partir.
Outra e outra vez contigo - mil vezes! - como eu sempre escrevia!...
Mas agora, meu amor, somente debaixo do braço de quem nos
levar em forma de letras num bairro de casa velhas de paixão em
forma de livro...

EM - A PAIXÃO - ESCRITOS E DEMÊNCIAS - JOÃO DORDIO - IN-FINITA

quarta-feira, 29 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... RAQUEL LOPES


Agradecemos à autora RAQUEL LOPES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever é uma necessidade, expresso-me por palavras.

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Na poesia e na prosa.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

É puramente inspiração.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

O olhar a vida através dos sentimentos.

5 - Qual o seu público alvo?

Não tenho público alvo, quero que todos leiam, sem exceção.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Romantismo, Modernismo.

7 - Quais as suas referências literárias?

Escritores brasileiros: Machado de Assis, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Adélia Prado, Cora Coralina, Manoel de Barros, Guimarães Rosa, Monteiro Lobato.
Escritores estrangeiros: Jane Austen, Honoré de Balzac, Shakespeare, Tolstoi, Dostoiévski.

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Participo de várias antologias, e divulgo meus trabalhos em grupos e academias virtuais

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Ainda não tive tempo para pensar sobre. Somente faço o que gosto.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Quando começou a escrever?
Eu comecei a escrever poesia no começo do ano de 2018, a leitura do livro sobre contos “História de Esquecimento do meu amigo conterrâneo e escritor Pernambucano Inaldo Tenório de Moura Cavalcanti me deu muita inspiração para expressar como me sentia, a partir daí comecei a rabiscar alguns versos e escrevo até hoje. Com certeza escreverei até quando puder.


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terça-feira, 28 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... MARIA GOMES PEREIRA CABANA


Agradecemos à autora MARIA GOMES PEREIRA CABANA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever para mim é uma necessidade, é na escrita que me refugio,e dou alimento ao meu tempo de  nostalgia!

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

O gênero literário onde me sinto mais a confortável é na poesia, principalmente em verso!

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

O que escrevo é inspiração, também escrevo sobre temas que me são propostos!

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Pretendo transmitir o meu estado de alma,e o ponto de vista de muitos dos problemas do quotidiano!

5 - Qual o seu público alvo?

Escrevo para todos em geral , não tenho alvo algum!

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

A minha poesia é muito abrangente , não tenho nenhuma corrente literária específica! Sou realista , romântica,crítica ,um pouco de tudo!

7 - Quais as suas referências literárias?

As minhas referências são a Florbela Espanca, o Miguel Torga, para além do romantismo, escrevem sobre a vida no campo.Eu nasci no campo e o campo faz parte da minha genética!

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Divulgo a minha escrita através de saraus, tertúlias, participo em alguns concursos. Tenho a minha página do Facebook onde publico regularmente!

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Se alguma frase ou palavra do que eu escrevo,ficar na memória de alguém e a ajudar de alguma forma, irei sentir-me realizada!

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Terá sido o tempo um  seu companheiro fiel?
Houve muita ingratidão no tempo!
Mas, agradeço ao tempo tudo de maravilhoso que me tem dado nesta minha viagem da vida!


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segunda-feira, 27 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... ROSA MARIA DA SILVA GONÇALVES


Agradecemos à autora ROSA MARIA DA SILVA GONÇALVES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Para mim, escrever é um passatempo recheado de recompensas. Vejo a escrita como a arte de transpor espaços por meio das muitas experiências provenientes de leituras, das conversas, das sintonias com diversos estilos musicais, do contato com filmes. Esses contatos produzem as substâncias imaginativas que as transformo em quadros pintados a letras.

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Ouso rabiscar as minhas escritas em verso e prosa. Visito os poemas, transito nos romances e aprofundo nos contos. É um eterno caminhar entre as letras a fim de conduzi-las, criativamente, às páginas a serem preenchidas.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

Vejo toda escrita como uma mescla entre o trabalho e a inspiração. Logo, as minhas inspirações têm como suporte a transpiração (trabalho). O lapidar das palavras é um árduo, mas significativo trabalho.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

A percepção de que ler é uma viagem inesquecível pelo caminho do saber.

5 - Qual o seu público alvo?

Adolescentes e adultos.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

No período da contemporaneidade.

7 - Quais as suas referências literárias?

São muitas. Seguem algumas: “Um pelo outro”, de Machado de Assis; “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa; “Felicidade clandestina”, de Clarice Lispector; “O crime do Pe. Amaro”, de Eça de Queirós; “É doce morrer no mar”, de José Eduardo Agualusa; “Venha ver o pôr do sol”, de Lygia Fagundes Telles; “Sagarana”, de Guimarães Rosa; “Os olhos do homem que chorava no rio”, de Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo; “A caixa preta”, de Mia Couto e José Eduardo Agualusa; “Penélope”, de Dalton Trevisan... Prefiro parar, pois a lista é imensa.

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Na verdade, repasso apenas a alguns amigos e familiares. Em 2014, um conto meu “Amor: aliança e valor”, foi publicado em um e-book. Trata-se de uma coletânea de vários escritores brasileiros. É a minha única publicação. Tenho muitas escritas guardadas a sete chaves. Pretendo publicá-las.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

O principal é atrair leitores que apreciem uma escrita que aborda as memórias, o esquecimento, o amor, os relacionamentos afetivos, dentre outros.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Como você se define ao basear-se nas suas escritas?
Sou alguém que prezo pela simplicidade e humildade. A minha escrita corresponde um pouco sobre o meu universo introspectivo. As letras falam por mim.

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domingo, 26 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... SÓNIA COSTA RODRIGUES


Agradecemos à autora SÓNIA COSTA RODRIGUES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Ambas.

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Poesia

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

Inspiração

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Sentimento, Sensibilidade e dar uma nova janela ao Mundo da Poesia.

5 - Qual o seu público alvo?

Público em geral.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Realista Emocional

7 - Quais as suas referências literárias?

Fernando Pessoa, Paulo Coelho, Augusto Curry e etc.

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Partilhar nas redes sociais, Família e conhecidos.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Ambicionar não é a palavra mais adequada na minha escrita, mas sim sensibilizar e despertar a curiosidade dos meus leitores.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

O que a levou a ir pelo caminho da escrita?
A necessidade de comunicar o que me vai na alma.

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sábado, 25 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... ISA PATRÍCIO


Agradecemos à autora ISA PATRÍCIO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

A escrita é uma arte em que me dedico a escrever com amor, considero mais como uma vontade de exteriorizar o que vai na alma.

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Com certeza a poesia e prosa.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

O que escrevo é essencialmente e preferencialmente por inspiração.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Com a escrita transformo as palavras em signos activos, vivos de transformação servem como uma linguagem genuína que educa, elucida as mentes, tal como num cântico elevado chegando aos corações, apelar ao sentimento como entendimento de várias vozes.
Tal como a nossa vida é um livro em aberto, as folhas estão em branco para que possamos escrever as nossas histórias. Essa é a verdadeira capacidade de criação e recriação.

5 - Qual o seu público alvo?

Não tenho um público alvo em específico, fica em aberto para quem estiver interessado em descobrir e entender a mensagem que estou a transmitir, qualquer pessoa poderá fazê-lo de acordo com a sua cultura, formação, interpretação.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Inspiro-me em várias correntes literárias, posso considerar como humanista, naturalista e renascentista.

7 - Quais as suas referências literárias?

Apresento algumas referências inspiradas no classicismo, em temas filosóficos inspirados nas epopeias clássicas como Homero, Vergílio, Luís de camões, dramaturgos como Gil Vicente, William Shakespeare, e dentro da época contemporânea Sophia de Mello Breyner Andresen, Miguel Torga, Fernando Pessoa, Garcia de Resende, Pedro Homem de Mello, Vasco Graça Moura, Nuno Júdice. 

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Divulgo através dos concursos literários, coletâneas e  redes sociais.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

É muito simples na verdade, pretendo transmitir uma mensagem de esperança, de verdade sobre a vida, sobre o que nos move, inspira como elevação. No mundo da escrita tenho alcançado imensas alegrias por me proporcionar alcançar sonhos de expressão nesta arte, evidenciá-la para que possa cultivar outras pessoas, afinal as palavras são sentidos que se tornam viajantes do ser; viagens plenas de consciência viva.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Estou disponível a responder a quem me interpela, contudo não apresento neste momento nenhuma questão em particular.

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DÉCIMA SEGUNDA DEMÊNCIA (excerto I) - JOÃO DORDIO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Saibam do autor neste link
Conheçam a In-Finita neste link

Há um sacrifício de alma sem tempo, sem cronologia, que fala
de rituais de saudade, de anjos perdidos, mas poderosos, e histórias
de paixão.
Há um sacrifício de recolha de memórias. A alma fica como
guardadora de letras porque há um rebanho de frases. Um rebanho
cada vez maior na quinta-livro...
Não me apetece fazer nada sem ser respirar, mas ao respirar
faço-te tanto! Faço-te de tudo de letras! Peço ao céu e a todos os
deuses que, um dia, possa parar de respirar assim porque não quero
estar sempre a descrever o que sinto, como te sinto, como vives em
mim, como vivo contigo presente na tua ausência.
Há um rebanho de frases a passar e a pastar esta noite nos meus
cadernos. Há rebanhos como estes a passarem por todas as minhas
noites. Na quinta-livro...
Contar carneiros? Sou diferente e conto letras atrás de letras, à
frente de letras, a meio de letras. Peço apenas aos céus e a todos os
deuses que me levem um dia estes rebanhos...
Hoje soube pela demência que voltavas a ler comigo o que me
disseram para deixar lá em cima em forma de estrelas. Há um recado,
uma ordem, uma vontade, não sei. Nunca soube e duvido que alguma
vez venha a saber.

EM - A PAIXÃO - ESCRITOS E DEMÊNCIAS - JOÃO DORDIO - IN-FINITA

sexta-feira, 24 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... MARIA TERESA MOREIRA


Agradecemos à autora MARIA TERESA MOREIRA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever, para mim, é uma necessidade. Por algumas razões: escrever é a maneira através da qual eu melhor reflito sobre a vida, sobre mim, sobre o mundo; escrevendo, mantenho minha sanidade; finalmente, e especialmente, tenho uma necessidade visceral de “transbordar-me”, de expressar o que sinto - o que é meu mas também tão nosso, enquanto seres humanos! - e partilhar! Não consigo apenas “ser para mim”, e o ato de escrever me coloca em comunhão com toda a Humanidade!

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Hoje, sinto-me quase que impelida a escrever Poesia. Acredito que esse fato está intimamente ligado com o momento que vivo. Pois então, mergulho neste presente que me está sendo dado, produzo bastante, porém com muita simplicidade e transparência de coração.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

Eu diria que ambos. Raramente é apenas inspiração. Sim, ela existe! Mas sempre há trabalho envolvido, ainda que um poema se me apresente praticamente pronto. No dia a dia, há a decisão de escrever - decisão que nasce do coração.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Que pergunta interessante! Desejo transmitir fundamentalmente transparência e amor; também estabelecer laços com o leitor, em nossa comum humanidade. Consequentemente, pretendo contribuir na construção de uma sociedade mais transparente e solidária! Uma pretensão que é também uma necessidade interior, um apelo constante que sinto, e que acredito - e espero!- que aparece bastante em meus escritos.

5 - Qual o seu público alvo?

 Hoje, sinto-me especialmente vocacionada a escrever como Mulher, para Mulheres.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Sinto dificuldade em enquadrar-me exatamente em uma corrente literária. Talvez possa dizer que é uma poesia contemporânea, com temática um tanto cotidiana, simples e visceral.

7 - Quais as suas referências literárias?

Adélia Prado, Manoel de Barros e Paulo Leminski são autores que instigaram a poesia em mim, trazendo-a à tona. Entre tantos nomes grandiosos e que me formaram - e ainda formam!-, creio que estes três podem ser citados como grandes referências.

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Mais do que tudo, procuro provocar encontros onde apresento meus poemas e meus livros. Sinto demais que minha escrita existe para provocar encontros, conversas, trocas, reflexões. Na medida do possível no momento, procuro também estar em contato com outros escritores, participar de saraus. Também tenho divulgado nas mídias sociais, mormente no Facebook e no Instagram.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Desejo alcançar corações, fomentar humanidade, valorizar o silêncio e a reflexão. Para isso ambiciono que minha poesia se espalhe, se difunda, chegue a muitos leitores. Chegar a ser uma atividade que se auto-sustente, este seria o mais alto sonho realizado.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Qual você considera ser o maior perigo na carreira de um escritor?
Creio que um dos maiores perigos para um escritor é perder o foco. Distrair-se com certas urgências temporais, comerciais, ou ceder a pressões de mercado -ou até mesmo ideológicas!-  que desfoquem-nos do chamado mais profundo de sermos a voz que devemos ser.

Acompanhem o projecto CONEXÕES ATLÂNTICAS neste link