domingo, 20 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... OLÍVIA CLARA PENA

Agradecemos à autora OLÍVIA CLARA PENA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Nesta constante evolução e mudança que é a vida, sinto-me sempre curiosa com toda a diversidade e originalidade que esta nos pode oferecer. Neste turbilhão, a generosidade é um dos meus pilares, aliada à resiliência.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever para mim é completamente visceral. É, sem dúvida, uma necessidade. Escrevo quando existe algo que não posso conter e expresso-o, escrevendo. A escrita para mim não tem sido nunca um passatempo.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Escrevo de forma espontânea. Para mim, a espontaneidade é fundamental no processo criativo. A escrita poética, em que me revejo, contém um rol de emoções de suporte. Esta espontaneidade, contudo, deverá ser acompanhada de um cuidado linguístico que será, igualmente, imprescindível.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Na poesia. A poesia é uma escrita mais intuitiva e espontânea, sendo, por vezes, até indisciplinada. É o género que me é mais natural.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Pretendo tocar quem me lê. A poesia tem uma comunicação muito intimista e profunda que sempre me fascinou.

6 - Quais as suas referências literárias?

A poesia surgiu na minha vida precocemente e associada à música. Desde muito cedo me fascinavam autores e interpretes em português, Ary dos Santos, Fausto, Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Jorge Palma (mais tarde juntei a este leque Pedro Abrunhosa) - e do outro lado do oceano – Vinícius de Morais, Tom Jobim, Caetano Veloso… Era muito menina para entender a dimensão de tudo o que escreviam, mas sentia-o, profundamente.  Mais tarde, ainda adolescente, fui-me apaixonando pela poesia dos extraordinários Eugénio de Andrade, José Régio, Jorge de Sena, Florbela Espanca. Na ficção literária rendi-me a alguns dos mais entusiasmantes autores lusófonos como José Eduardo Agualusa, José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe, Jorge Amado a que se foram juntando outros autores latinos, Isabel Allende, Luís Sepúlveda, Gabriel Garcia Marques, Mario Vargas Llosa, …

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

A divulgação é uma área que pouco domino.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Espero que quem me lê se emocione com a minha poesia, se sinta tocado e se reveja nela.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Os trabalhos coletivos têm sido uma forma de divulgação da minha poesia e tem-me permitido descobrir o trabalho de outros autores surpreendentes e que admiro.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Para quando a publicação do meu livro “Amor e outros desencontros”? Para breve…

sábado, 19 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... RENATA SOFIA


Agradecemos à autora RENATA SOFIA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Sou uma pessoa extremamente sensível, nomeadamente em questões humanas, sociais, ambientais e espirituais.
A minha sede de conhecimento sobre a existência humana e sobre o auto-conhecimento fortaleceu em cima de dois pilares, que julgo terem sido essenciais para a minha evolução enquanto pessoa: a meditação e o estudo. Esta permanente dedicação permitiu-me conhecer-me a mim, no todo que sou e a conhecer diferentes níveis da consciência humana, levando-me a aceder a consciências energéticas superiores e a canalizar, na escrita, mensagens da energia de Jesus.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Para mim, escrever é uma necessidade, na medida em que já não me imagino a viver sem a minha escrita que flui da conexão com Jesus.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

A espontaneidade, sem dúvida. O cuidado linguístico é importante, sim, mas no meu ponto de vista, existem pessoas com formação a esse nível para enriquecer, com o devido mérito, o trabalho de qualquer autor.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Prosa poética porque é nesse género que habitualmente escrevo.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

O meu objectivo ao escrever é desenvolver um trabalho na evolução humana.
Eu pretendo levar, as mensagens canalizadas de Jesus, ao maior número de pessoas, para que elas atinjam um nível de consciência que lhes permita conhecer-se a si e a tudo o que as rodeia, mediante a filosofia do céu, e dessa forma, facilitar-lhes a cura da alma.

6 - Quais as suas referências literárias?

Autores como Osho, Gandhi, Shunmyõ Masuno, Louise Hay, Alexandra Solnado, Lorna Byrne,  Neale Donald Walsch, Deepak Chopra, Brian Weiss, Paulo Coelho, Sophia de Mello Breyner e Fernando Pessoa.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Penso que a essência de cada autor encarrega-se de transparecer, em cada obra, a sua intenção e o propósito maior do seu trabalho. E isso é tudo!

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

A minha única ambição é fazer com as palavras que escrevo cheguem ao maior número de pessoas. Se cada pessoa que ler um texto meu reencontrar nele o seu céu, aprendendo a conhecer a sua espiritualidade, eu já fico feliz. Eu nem sequer preciso de ver as pessoas felizes, porque se souber que elas estão a ler, é porque estão a escolher-se a si, e isso faz renovar a esperança em se conectarem com o céu, e faz renovar em mim a esperança da minha missão se cumprir!

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

É uma forma de divulgar os meus textos e de os fazer chegar mais longe.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Qual é o seu maior sonho? Que todas as pessoas aprendam a conectar-se com o céu e que realizem os seus propósitos de vida!

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... JANICE REIS MORAIS


Agradecemos à autora JANICE REIS MORAIS pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Alguém que conhece suas qualidades e defeitos e busca fazer com que suas qualidades compensem os defeitos.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Um passatempo necessário...

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Ambos são de suma importância. A espontaneidade dá asas à inspiração e o cuidado linguístico, garante a boa apresentação. A falta do cuidado linguístico, com certeza, compromete o resultado final.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Poesia sempre... é algo inexplicável que flui...

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

A ideia da poesia como instrumento de crítica social, engajamento, resgate de valores, preservação histórica e ambiental. Poesia não só como romantismo... isso também, dependendo do momento do poeta.

6 - Quais as suas referências literárias?

Temos muitos e grandes poetas, mas Clarice Lispector, Adélia Prado e Cecília Meirelles, são os primeiros que lembro, para citar e para ler...

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Uma bela capa e empatia do autor com o público fazem diferença. As redes sociais desempenham um papel importantíssimo, mas considero primordial em toda divulgação, o apoio de uma imprensa séria e comprometida, que reconhece a importância das notícias culturais.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

A cada tema diferente um novo leitor... e o que seria de nós, autores, sem nossos leitores?

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

O trabalho coletivo traz inúmeras vantagens, como a divulgação de maior alcance. Enriquecimento cultural, pois conhecemos o estilo de diversos autores e peculiaridades de suas regiões. Mas o mais importante é a conexão entre os autores.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Qual a sua maior inspiração?
Com certeza, minha terra. Amo poetar sobre as cidades de Minas Gerais, especialmente Conselheiro Lafaiete, minha cidade. É uma região de grande riqueza cultural, paisagens maravilhosas, um povo forte na fé e fiel às tradições... é muuuuuita inspiração. Como disse Tolstoi: Canta a sua aldeia e cantará o mundo. Estou sempre cantando minha aldeia.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... SUZANA D'EÇA


Agradecemos à autora SUZANA D'EÇA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1. Como se define enquanto pessoa?

Em primeiro lugar sou um ser humano, uma mulher, uma mãe, uma filha, uma pessoa solidária que escreve com delícia e que ama a vida. A vida é um dom.
Depois sou tudo o que já fui: Criança; Jovem; Estudante; Viajante; Professora de História; Diretora Comercial e Relações Públicas; Coordenadora de Relações Públicas e Gestão de Eventos da TVI - Televisão Independente S.A; Aluna de Escrita Criativa e de Storytelling, e tudo aquilo que continuarei a ser:  uma profissional como Consultora de R.P./Cultura, uma autora, uma crente, uma pessoa positiva, empreendedora e sonhadora. Gosto de Acreditar!

2. Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Desde os primeiros anos do liceu. Devorava livros. Devo-o à minha fantástica Professora de Português, Irene Ferreira de Almeida, que me ensinou a voar, lendo.
Descobri que voava ainda mais escrevendo, porque voava nas asas da minha imaginação.
Escrever permite-me ser mais introspetiva e conhecer-me melhor, para poder conhecer melhor os outros e saber dar. É uma constante aprendizagem que nos obriga a crescer e ainda bem.
Mas também me está no sangue escrever, a escrita corre-me saudavelmente nas veias. O meu avô era um grande jornalista, escritor, poeta e mecenas das artes. Os meus tios e minha mãe têm grande sensibilidade artística e todos escrevem muito bem e têm obra feita. Assim sendo, desde cedo que me senti impelida a escrever. Escrever faz parte do meu corpo físico e é mais forte do que eu: A Escrever preencho de emoções, memórias e outras histórias, o papel imaculado tornando a folha de papel viva. E tal como a vida, o livro faz-se folha a folha.

3. O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Ambos são importantes, mas se é para escolher apenas uma palavra escolho espontaneidade.
No entanto volto sempre ao que espontaneamente escrevi.
Inspiro-me na vida e nas pessoas; nas minhas leituras. E inspirar-me na vida, é reviver as minhas amarguras, mas também a minha felicidade feita de bons momentos; o gosto pelo belo é também uma fonte de inspiração, assim como os meus leitores - minhas musas, sempre presentes. Depois, há sempre o depois: brota-me como uma cascata a imaginação e escrevo em torrente. Mais tarde volto, penso e amadureço a jovem escrita, até sentir luz.

4. Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Sinto-me à vontade em ambos os géneros literários: prosa e poesia. Embora a poesia me rasgue, pois surge sempre abruptamente e sou impelida a escrever, como referi anteriormente.
Surgir desta forma não quer dizer, obviamente, que seja crua. Muitas vezes é poesia suave de amor ou memórias ou sobre personagens inventados, outra vezes é mais introspetiva.

5. O que pretende transmitir com o que escreve?

Escrever preenche qualquer vazio que, por vezes, encontro em mim. Mas não escrevo para mim, pois quem escreve é para quem lê. Quem escreve dá um pouco de si e quem lê, leva esse pouco (ou muito …) de nós e interpreta. Cria-se uma simbiose entre autor e leitor e cada leitor é um novo amigo, é muito gratificante.

6. Quais as suas referências literárias?

Esta é difícil, pois não parava de escrever nomes. São tantos. Vamos lá, só a alguns: Eça de Queiroz, Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Rosa Lobato Faria  sobretudo (poesia), Mário de Sá Carneiro, António Tabucchi, Gabriel Garcia Marquez, Marcus Vinícius de Moraes, Isabel Allendre, Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto - conhecido popularmente como Pablo Neruda, Rainer Maria Rilke, Pedro Paixão, Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa - Agustina Bessa Luís, José Tolentino de Mendonça, Teresa de Saldanha, Sophia de Mello Breyner Andresen, Mario Vargas Llosa, Umberto Eco, Mia Couto, Marguerite Yourcenar, Orhan Pamuk, Lev Nikolayevich Tolstoi - Leon Tolstói, Fiódor Dostoiévsk, James Joyce, Thomas Mann, William Faulkner, Jung Chan, Somerset Maugham, Ernest Hemingway, Alain Absire, Carlos Ruiz Zafón. Ui, tenho de parar. Senão fica longa a lista e rasuram (riso).
Mas ainda tinha muitos “escritores preferidos” para colocar como por exemplo; Yvete Centeno, Alice Vieira, Joaquim Pessoa… Para além de todos aqueles autores de que também gosto muito e dos que simplesmente gosto, e de outros de quem uma das obras amei.

7. O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Persistência, criatividade, uma vez que este questionário está ligado a um livro “Conexões Atlânticas”, direi que também é fundamental ter boas conexões, quer com proprietários de livrarias, quer com livreiros, quer com editoras, quer com os media.

8. O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Ah, curioso, não sei bem responder a esta questão… Gosto de escrever, isso é um facto. Gosto, quando apresento um livro, de ver a sala cheia. Dou valor à amizade. Mas não faço muito por ser uma autora famosa, confesso que não. Valorizo mais viver a vida que é um dom, sem me preocupar muito com o mediatismo do que escrevo. Se calhar faço mal… Vivo a vida e na vida cabem todas as outras paixões, construídas com o amor, com a amizade e com a imaginação. E no amor cabe a família, os amigos e o amor aos outros.
A vida vive-se apenas de uma maneira, um dia, uma hora, um minuto ou talvez mesmo um segundo, de cada vez. E nela cabem todos os retratos: o da felicidade, o da angústia, o do desespero, o da alegria, o da loucura, o da saudade, o da meditação e o da contemplação.
E estes estados cabem em todas as paisagens e em todos os rostos que os espelham, possíveis de serem contados se os intuirmos. A vida é feita de momentos e a felicidade também, e encontra-se por vezes nas coisas mais simples do nosso dia-a-dia. Só é necessário estar atento.
Quem sabe ainda a minha escrita traga outros frutos…

9. Porque participa em trabalhos colectivos?

Comecei por ter uma rubrica ao Domingo, num blogue familiar, onde todos me incentivavam a publicar. Daí aos concursos poéticos, tertúlias e publicações em coletâneas foi um pulo. Mas o verdadeiro salto foram os livros a solo, uma viagem vertiginosa da qual não quero regressar.
No entanto, é importante estar em contacto com outros autores, através da escrita, ter conhecimento e ler o que se escreve na atualidade no nosso país e pelo mundo fora e penso que escrever em coletâneas e antologias é uma boa forma de conhecer o trabalho literário dos outros e de divulgar o nosso. Ainda este ano vigente colaborei em quatro coletâneas, duas das quais ainda não saíram.

10. Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Para quando e quais novos projetos literários?
Não será a pergunta que mais gostaria que me fizessem, mas acho que é uma pergunta lógica para final de entrevista a um autor e a resposta aqui vai:
Quando for será com certeza um mergulho nos rios do Amor e da Amizade, os maiores valores de sempre. Nas perdas da vida estas riquezas tornam-se preciosas.
Mas para já quero-me concentrar no agora, tenho um livro infantil, recentemente escrito para divulgar ”Matilde, a Noite e João Pestana, no Reino do Animais Fantásticos”, na saga do primeiro livro Infantil “Matilde A Noite e a Lua”, ambos das edições Vieira da Silva.  Não descurando os livros de poesia ou prosa publicados. Não digo não a novas possibilidades. No entanto vivo um dia de cada vez, e cada dia é um desafio novo, onde a capacidade de amar deve ser mais forte do que o medo. É preciso acreditar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... ANDRÉ LUÍS MACHADO GALVÃO


Agradecemos ao autor ANDRÉ LUÍS MACHADO GALVÃO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Alguém inquieto e inconformado. Isso me aflige, mas também me agrada. Gosto de ver a poesia que existe em todas as coisas e no mundo ao meu redor.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Uma necessidade. Ao escrever, consigo traduzir como vejo o mundo ao meu redor, além dos meus sentimentos e inquietações. É como eu consigo me libertar do que me aflige, percorrendo as múltiplas possibilidades de significação das palavras no texto. É, ao mesmo tempo, um exercício de purificação e de labor, que me traz muita paz.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Os dois aspectos são muito importantes, creio até que se complementem. Eu, por exemplo, não desprezo a ideia espontânea, a inspiração. Mas submeto-a ao crivo do cuidado linguístico, para transformar a ideia em texto.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Com certeza na Poesia. Na Poesia eu me sinto mais seguro, ouso mais e traduzo melhor o que vejo, sinto e penso sobre mim e sobre o mundo.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Que a Poesia está em tudo, não só na beleza das flores ou dos mais nobres sentimentos. A Poesia nos circunda, nos acompanha e faz parte de tudo o que nos rodeia, e ver o mundo sob sua perspectiva o torna menos árido e tenso.

6 - Quais as suas referências literárias?

Na prosa, sou fã de Machado de Assis, Jorge Amado, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Gabriel García Márquez, José Saramago e dos distópicos: George Orwell, Aldous Huxley e Ray Bradbury. Na poesia, desde Luís de Camões a Augusto dos Anjos, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Paulo Leminski, Fernando Pessoa, Florbela Espanca... Enfim, são referências muito ecléticas!

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Essencial é falar sobre as obras do autor, de suas virtudes e potencialidades. Enfim, dar mais destaque ao conteúdo que ele produziu. Claro que apresentar a história do autor e suas referências é importante, porém acredito que a melhor forma de divulgar o seu trabalho é discutindo suas obras.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Publicar o máximo de textos que conseguir, conhecer a maior quantidade de opiniões sobre eles e levar um pouco de suas mensagens ao público. Ver um texto meu ser discutido, analisado, ver que a sua mensagem foi compreendida (ou questionada) é sempre motivo de muito orgulho e satisfação.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Porque acredito que a Literatura é uma oportunidade de encontros. Então, nas antologias e coletâneas, temos a oportunidade de conhecer pessoas, textos e ideias. E isso é muito enriquecedor e motivador.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

O que escrever representa na sua vida? Um encontro íntimo comigo mesmo, um mergulho nas emoções, medos e reflexões mais pessoais, de onde tiro fôlego e inspiração para construir os textos que tanto me ajudam a viver. Escrever é um ato de libertação!

terça-feira, 15 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... CIDO PISANI


Agradecemos ao autor CIDO PISANI pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Eu me defino como uma pessoa em busca de mim mesmo, seja na aquisição de novos conhecimentos, seja na realização pessoal e profissional, que também envolve a escrita. Portanto, acredito que o mais certo é afirmar que não tenho uma definição. Não consigo me encaixar nisso ou naquilo. É meio insano tanto quanto é poético. Se isso é ser escritor poeta, então, digo que é o que sou.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Acredito que escrever a questão da necessidade quando envolve a inquietação por expressar algo. Contudo, também é um passatempo, pois é quando eu posso abstrair para viver outras vidas e outros mundos na pele do personagem ou do eu lírico.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

O escritor quer ser lido, e, por isso é preciso ter cuidado com a questão linguística para ser entendido por mais leitores. Contudo, isso não nos impede de ter liberdade em criar palavras, quebrar com as regras e tratar a língua de forma lúdica como ela gosta de ser tratada. A linguagem gosta de ser usada, amassada e retorcida, pois assim continua viva. É justamente o que o povo faz e o escritor é o reflexo desse povo.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Gosto tanto da prosa quanto da poesia. Por vezes, estou mais poeta, e, em outras, mais prosador. Depende muito do momento da escrita em si.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Eu tento, antes de tudo, dar prazer ao leitor por meio do que escrevo. A leitura precisa ser prazerosa. Os leitores, assim como os escritores, têm essa necessidade de abstrair do mundo. Primeiramente, tento levar isso em consideração, e conduzir o leitor em uma boa aventura (romance, suspense, etc), que lhe faça deixar de lado os problemas. Depois, sempre que posso, acrescento conhecimento, diálogos com outras obras, acesso ao mundo literário, tudo para enriquecer a mente de quem está lendo.

6 - Quais as suas referências literárias?

Posso citar muitos autores como referências, à medida que vamos lendo, também somos alfabetizados nas cartilhas desses grandes mestres da linguagem. Mas, sem dúvidas, acredito que Machado de Assis seja o meu grande professor e incentivador.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

O essencial é abrir canais para que mais pessoas vejam as obras. Falar sobre a literatura. Usar os novos meios e criar novos leitores. Ajudar os demais escritores também, pois outros escritores não são nossos rivais. Muito pelo contrário, são nossos aliados na guerra contra a ignorância. Um mundo de bons leitores é um mundo sem desigualdade e sem guerras.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Quero uma cadeira na Academia de Letras, quero um prêmio Camões e um Nobel, mas antes de tudo, como escritor, eu quero transformar a vida das pessoas.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

O trabalho coletivo é uma forma de ganhar visibilidade e de adquirir experiências.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Por que a escrita e não o futebol? Nunca fui bom com os esportes, contudo, com as palavras, mesmo errando, ainda sei jogar desde que aprendi a falar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... ANA PAULA COSTA


Agradecemos à autora ANA PAULA COSTA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Já pensei mais nisso! Neste momento não estou preocupada com definições. Penso que todos devemos e podemos ser plurais, como o universo. O que poderia dizer sobre mim de mais específico? Sou uma pessoa de gostos simples que gosta de tranquilidade. Sou mais uma alma neste universo a viver as suas experiências, tentando crescer e ajudando os outros também a crescer, espero.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

É tudo! Escrever é terapia, é paixão, é necessidade é passatempo é tudo.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Ambos. Não podemos ter a pretensão de que apenas um importa. É necessário muito trabalho quando se escreve; talvez não logo no momento da escrita em si mas depois na revisão e na intenção da mensagem que se pretende transmitir.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Prosa.
Se bem que de vez em quando preciso de escrever poesia, que é o que tenho feito ultimamente. Não sei bem porquê. Sou muito descritiva, imagética e talvez por isso me identifique mais com a prosa, há sempre mais qualquer coisa que quero dizer.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Tenho vindo a mudar ao longo do tempo. Comecei por transmitir desabafos, sentimentos com os quais muita gente se identificava. Depois comecei a transmitir reflexões, opiniões sobre o que me rodeia. Essencialmente pretendo que as pessoas pensem, reflictam, se identifiquem e tirem as suas próprias conclusões. Gosto muito de escrever para causar desassossego.

6 - Quais as suas referências literárias?

Tantas! Urbano Tavares Rodrigues. José Saramago, os eternos Eça de Queirós e Fernando Pessoa.  Não me esquecendo dos ingleses Shakespeare, Lord Byron e do irlandês Oscar Wilde. Recentemente José Luís Peixoto e a canadiana Margaret Atwood.  É impossível escrever sem ler.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

As redes sociais têm vindo a desempenhar um papel importante nesse sentido. No entanto, considero que os eventos presenciais são indispensáveis, as apresentações das obras, as tertúlias e os ciclos de conversa proporcionam sempre oportunidades não só de divulgação e novos contactos mas também de grande aprendizagem e partilha.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Quero continuar a escrever e que o público se continue a identificar com o que escrevo. Gosto de escrever para provocar reacções, desassossego e claro gostaria de alcançar um público cada vez maior.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Participo em trabalhos colectivos porque conheço sempre trabalhos novos, tenho oportunidade de divulgar e partilhar os meus trabalhos e a energia dessa troca é boa.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

A pergunta seria: Qual a sua opinião sobre o mercado editorial em Portugal?
Gostaria de falar sobre algo que considero injusto. Desde há uns tempos para cá percebi que há editoras que transformaram a publicação de livros apenas num negócio. Os autores fazem um investimento e depois são um pouco abandonados à sua própria sorte.
Levados pelo sonho de publicar pela primeira vez, muitos são os que arriscam. É uma experiência que já tive e felizmente aprendi alguma coisa. Escrevo porque gosto e selecciono os projectos em que participo, não pelo lucro que possa ter mas pela divulgação ou gosto pessoal que me possam proporcionar, como é o caso da Emporium Editora e agora mais recentemente da In Finita; é bom sentir que as pessoas importam.

domingo, 13 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... SARA TIMÓTEO


Agradecemos à autora SARA TIMÓTEO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Um ser humano com sonhos, aspirações e lutos, como qualquer outro.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Para mim, é uma necessidade e também a melhor forma de passar o tempo.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Ambas as vertentes são importantes e, quando atingimos um determinado nível, é possível conjugá-las. No meu caso em particular, encontro-me no patamar em que burilo muito o que escrevo.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

A poesia foi onde nasci para a literatura e continuo a sentir-me desafiada por este género literário. Uma vez que não procuro o conforto, tento superar as minhas limitações com trabalho e paciência. Há algo na nossa expressão que não se pode forçar e que tem de se esperar que amadureça, tal como postulava Eugénio de Andrade na sua obra magna sobre as mãos e os frutos.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Um jogo, um desafio, alguma alegria e beleza. Uma construção que seja mais que aquilo que trouxe a pessoa à leitura de uma obra minha.

6 - Quais as suas referências literárias?

São muitas, porque leio tudo aquilo a que posso deitar as mãos.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Apostar na qualidade e na formação dos autores. Um autor que não sabe pensar torna-se redundante.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Estou satisfeita com o que alcancei até agora e pretendo explorar novos patamares de inovação que me desafiem.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

É uma excelente forma de criar em comum e de tomar conhecimento do trabalho dos autores da contemporaneidade.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Esta mesmo. Que tal se não existisse qualquer pergunta, mas a busca por uma resposta?