quarta-feira, 31 de maio de 2023

Pai, Filho, Espírito Santo (excerto) - TEREZINHA PEREIRA

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– Falta tino, Pai. Discernimento, prudência, cuidado, intuição, siso. São coisas que deixaram de fazer parte da vida dos homens. Anos atrás, Pai, era com carros conduzidos por animais que aconteciam os desastres. Coisa de pouca monta. Machucava um aqui, outro ali. Morriam ou se machucavam alguns, raramente. Nunca uma porção de gente, como ocorre hoje nas estradas lisas, sem asperezas. Olhe aquela pintura ali na parede do lado. Aquela que um homem de fé mandou fazer, que representa um desastre que ocorreu com um filho dele. O menino devia estar com seus sete anos de idade quando caiu debaixo de um carro de bois. O carreiro, na hora, tirou o chapéu e invocou a Trindade. Pode ser que, pelo grito do guia, os bois tivessem empacado e, por essa razão, não machucaram o menino, que saiu dali são e salvo. A família toda ficou agradecida ao Pai. Vês a outra pintura. Sinal de gratidão pela existência de um Ser mais poderoso do que os daqui desta Terra. Um homem cai do cavalo e escapa ileso. Atribuem às mãos do Pai.

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domingo, 28 de maio de 2023

O abismo (excerto 6) - CARLA SANTOS

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Como o cenário mundial está instável e imprevisível, com crises sucessivas... a minha missão é a de acionar todos os meios técnicos de informações, para combater a espionagem clássica, o crime organizado, branqueamento de capitais, tráfico internacional de armas de destruição em massa, cibercriminalidade, terrorismo transnacional, espionagem económica, extremismos religiosos ideológicos, novas formas de crime e tráfico de seres humanos e migrações ilegais.
Normalmente estou a trabalhar no terreno, viajo por muitos países para obter informações e pesquisar junto das minhas fontes, assuntos em concreto relacionados com o que estou a investigar no momento. Outras vezes estou em Portugal e na sede do SIS para reunirmos e fazermos um ponto de situação relativamente ao avanço das investigações e como podemos prevenir e resolver quaisquer eventualidades no nosso país e/ou ajudar nalguma investigação internacional.

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sábado, 27 de maio de 2023

Caso 11 (excerto) - DALMO MEDEIROS

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Ainda morando no Rio, lá pelos idos de 81, eu cantava num grupo chamado Céu da Boca, originário de outro grupo vocal, o Desbundeto, grupos estes cujos integrantes eram todos alunos da Escola Pró-Arte, uma das melhores escolas de música na época, que tinha em sua direção a família Gandelman, muito bem frequentada pela nata dos músicos do Rio de Janeiro.

Na Pró-Arte, aprendi a cantar e solfejar, além de aulas de violão popular com o Professor Léo Soares. Tinha como amigos de sala, e de coral, músicos hoje bastante conhecidos, tais como, Paulo Malagutti Pauleira, hoje meu parceiro no MPB4, Veronica Sabino, Maucha Adnet, Chico Adnet, Juca Filho (compositor), Luiz Brasil, Léo Gandelman, (saxofonista), Mu Carvalho (pianista, arranjador e trilheiro da TV Globo), Muri Costa (violonista da Família Caymmi), Marcelo Costa (percussionista de artistas como Caetano Veloso, Lulu Santos, Gil, entre outros bambas). Entre os regentes do Coral, tivemos John Neschling e Jacques Morelembaum. Este último, conhecido hoje como o violoncelista das estrelas, tais como Tom Jobim, Caetano Veloso e Sting.

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sexta-feira, 26 de maio de 2023

Quem é você, câncer? (excerto) - ANGELA RODRIGUES

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Como dizia Pirandello “assim é se lhe parece”. E eu digo “cada um percebe e interpreta em que acredita ser a ‘sua’ realidade”. E ponto final. Às vezes, carregamos ou borramos com tintas nossas lembranças com excessos ou falta de nitidez. Distanciamo-nos ou nos aproximamos como diretores da nossa história e acreditamos que nossa percepção é a própria realidade. Se o câncer não sinalizasse o buraco que eu estava cavando há tempos, provavelmente não estaria aqui para contar essa história. Eu necessitava entender o sentido da doença em mim.

Decidi estudar o que estava acontecendo no meu corpo. Compreendi que o câncer são células comuns que, a partir das nossas causas emocionais, psicológicas, espirituais, nos descuidamos das defesas do corpo e deixamos que elas nos invadam.

Essas células deixam de estar em harmonia e atraem células sadias até as dominarem no corpo todo. Elas se camuflam e não são percebidas pelo sistema responsável pelas defesas, o imunológico fragilizado. Sorrateiramente, se multiplicam, multiplicam e ampliam seu território destruidor. Elas atuam sem escrúpulos, se sentem poderosas e imbatíveis com seus métodos agressivos e radicais.

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terça-feira, 23 de maio de 2023

O abismo (excerto 5) - CARLA SANTOS

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O brasão do SIS - Serviço de Informações de Segurança de Portugal tem os esmaltes, oito castelos a preto representando a prudência que correspondem aos pontos cardeais e todas as outras direções, uma coroa no topo, que é a integridade, a sabedoria em cor de prata em baixo com a divisa em latim “Principiis Obstare” que significa antecipar os perigos, detetando e prevenindo as ameaças, perigos e riscos desde o início para que haja um alerta em tempo útil, de prevenção e não concretização dos mesmos. E no centro, a cabeça duma águia real com o bico fechado que significa o olhar pesquisador e analítico, acentuando a postura de vigilante. Com sede no Forte D. Carlos I, em Lisboa, um edifício quase todo debaixo do solo que passa despercebido à maioria dos comuns humanos.

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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Meu Pai (excerto) - DALMO MEDEIROS

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Meu pai, Geraldo Medeiros dos Santos, músico, um dos fundadores da famosa Orquestra Tabajara, com a família Severino Araújo, primeiro pistonista, arranjador, compositor, professor, havia entrado de cabeça na seita Racional Superior, lendo mais de 3 vezes os 63 volumes escritos pelo grão mestre, tornando-se assim uma espécie de braço direito da seita. Eles se reuniam numa comunidade em Nova Iguaçu, um lugar sombrio chamado de Vila de Cava, um bairro de Nova Iguaçu, onde construíram um templo e diversas casas para seguidores da seita.

Em 13 de julho de 78, meu pai teve um AVC, acidente vascular cerebral, e entrou em coma. Ficou hospitalizado num hospital na Tijuca, no Rio, por umas 2 semanas, até falecer por complicações da Diabetes.

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domingo, 21 de maio de 2023

Pacto com minha médica (excerto) - ANGELA RODRIGUES

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No início do tratamento recebi carinho, atenção e a disponibilidade de todos. No entanto, cada visita me trazia suas crenças e práticas “infalíveis” com toda a boa vontade e carinho. Eram fórmulas naturais para ingerir, sementes, plantas, líquidos, essências, chás e coisas semelhantes. No entanto, minha médica me instruiu com rigor a não ingerir plantas estranhas, alimentos crus ou com cascas, cremes e loções sem seu consentimento. Também não deveria me expor em lugares como matas, florestas ou ambiente com animais, insetos ou plantas desconhecidas.

O risco seria ter alergias e reações desconhecidas sem que os especialistas identificassem a tempo de me tratar. Lidar e administrar essas questões com pessoas queridas e prestativas não foi fácil, mas o foco estava em me cuidar e manter a parceria com minha hematologista. E assim foi!

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Celeste (excerto) - TEREZINHA PEREIRA

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Um caso de amor é sempre um caso de amor. E um caso de amor costuma ser o começo de uma história. Celeste é uma das primas do pai de Rodrigo, que sempre morou em Tiradentes e que, conforme ele contava, ela, além de ajudar nos cuidados da igreja, uma ou duas vezes por semana, passara a vida a cuidar de um sobrinho cego. Deveria estar ela com seus quarenta e poucos anos de idade na ocasião em que o sobrinho nasceu. Nem antes, nem agora, havia encontrado um companheiro que lhe pudesse ocupar no coração o espaço deixado vago por um moço muito delicado e galante, um dos componentes de uma banda de música de Barroso que, certa vez, durante os festejos da Santíssima Trindade – há anos – lhe havia feito juras de amor eterno. Naquela época, estava Celeste no frescor de sua passagem para a mocidade. Quando fazia referências ao fato, dizia ela que as coisas costumavam lhe acontecer com intermitência: as tristezas da vida vinham logo após os momentos de grande felicidade. Aquele moço gentil, tendo com ela flertado nos momentos das orações da novena, no dia do encerramento, havia-lhe dito as mais belas palavras de amor que vez alguma ouvira antes. Meia hora depois, despencara da carroceria do caminhão que levava os músicos de volta para Barroso. Logo ao cair, teve a cabeça esmagada por outro veículo carregado de gente que vinha logo atrás, antes mesmo que qualquer componente da corporação pudesse ter gritado um Valei-me Santíssima Trindade.

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quinta-feira, 18 de maio de 2023

O abismo (excerto 4) - CARLA SANTOS

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O sol começou a baixar, olhei o horizonte à medida que ia fazendo o caminho de regresso a casa e observei aquele magnifico espetáculo natural do por-do-sol em tons laranja-violeta rosados... espalhando pelo céu raios dessas cores e embelezando os meus olhos e a minha alma, quase esquecendo o propósito daquela caminhada estranha e infrutífera. Respirei profundamente... fechei os olhos por momentos e tive outra visão... estranha... mística e dourada... quase fiquei cega pelo seu brilho incandescente... ouro puro...

– Onde... por favor, onde estás? Clarifica-me! – disse brandando no meio da mata.

Tudo tem o seu momento certo e aquele ainda não era o local, nem o dia ou quem sabe a época certa para o encontrar... e um portal não se encontra... ele encontra-nos.

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quarta-feira, 17 de maio de 2023

Casos 6, 7, 8, 9 e 10 (excerto) - DALMO MEDEIROS

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São cinco casos que se entrelaçam, se relacionam, porque envolvem, ao mesmo tempo, meu pai e minha mãe que, juntos, também fazem parte deste universo dos fenômenos, mas aconteceram bem antes da passagem de minha mãe.

Meu pai, também tinha uma forte mediunidade, embora no início quisesse desenvolver mais seu lado espiritual ou mesmo comentar sobre isso em casa. Ele mantinha-se reservado às coisas inexplicáveis da vida.

Seu foco sempre foi a música. Porém, lá pelo início dos anos 70 papai teve contato com uma seita, O Racional Superior, ou também como é conhecida “Universo em Desencanto”. Esta seita tinha no cantor Tim Maia seu grande divulgador. Ele até gravou um álbum chamado “Racional”, com dois volumes, onde as letras traziam uma espécie de síntese dos ditames da seita. Por sinal, discos com músicas executadas até hoje e de grande valor criativo. A busca da seita era pela Imunização racional, cada um dos 63 volumes escritos pelo Grão mestre da seita, o Sr. Manoel Jacinto Coelho, tinha esse foco.

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terça-feira, 16 de maio de 2023

Viver na bolha, pacto com a médica e como perdoar (excerto) - ANGELA RODRIGUES

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Acredite se quiser: Viver é bom até na bolha! Deixar de se vitimar, de se sentir a pobre coitada não leva a nada! Só consome nossas energias e nos empurra para baixo. O foco deixa de ser o amanhã, sonhos e o depois. Decidi também não me fixar no câncer. Deixei meu corpo físico a cargo dos especialistas para estar mais consciente e decidida a resolver as questões emocionais e os emaranhados. Quase sucumbi geral e agora tenho tempo de sobra para cuidar de mim.

Há muitos anos, conheci o livro A doença como caminho, de Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke, e o quanto cada parte do corpo humano tem uma função ligada diretamente às emoções. O corpo trabalha sintonizado e de forma sistêmica. Significa dizer que, quando uma parte adoece, é possível identificar o que está acontecendo no corpo e emocionalmente e associar ao que passamos no momento atual.

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sábado, 13 de maio de 2023

O abismo (excerto 3) - CARLA SANTOS

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Dali passei pela Cova do Ladrão repleta de catos ou figueiras do inferno aglomeradas numa funda cova onde se escondia a vegetação abundante e densa. E pela ecopista junto ao asfalto segui para onde o meu instinto me levava. O Anfiteatro Keil do Amaral, o sol brilhava tanto naquele céu azul que quase cegava se olhasse diretamente, um lugar onde se pode desligar do mundo e apreciar o verde da natureza, com uma paisagem linda para o rio Tejo, a ponte e a um horizonte sem fim... um pouco mais para a esquerda um campo de basquete e até ai nada de novo... parei, olhei e, sim, ali estava, redondo, branco, telhado em vértice da pirâmide num remate cingido por um anel de ferro, com um pináculo afeiçoado em esfera armilar, porta fechada ladeada por pedras assim como toda parte de baixo, por cima desta uma pedra retangular e nela estava esculpida uma nau portuguesa ancorada... e noutra pedra lateral o nome Moinho do Penedo.

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sexta-feira, 12 de maio de 2023

Casos 3, 4 e 5 (excerto) - DALMO MEDEIROS

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Dois eventos, simultâneos, aconteceram quando eu soube que minha filha, Natalia, em sua lua de mel, ao voltar da praia em Fernando de Noronha, pedira ao garçom, na piscina da Pousada, que ligasse o som ambiente, pois pretendia relaxar um pouco antes do jantar. Ao ligar o som, um som caseiro, desses que tem CD ou DVD player, a primeira música que tocou foi Carinhoso.

Por estarmos no mês de maio, mês em que D. Iracema nascera, no dia 31, considerei que se tratava de mais um fenômeno. Para somar a este, durante todo o mês de maio, a TV Globo apresentou, quase que diariamente, uma propaganda cuja música de fundo era Carinhoso.

Já não tínhamos mais nenhuma dúvida de que as coincidências, na verdade, não eram simples coincidências, mas sim algo que nos sugeria uma provocação, uma sinalização da presença dela, como se quisesse marcar sua presença através dos repetidos fenômenos.

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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Um lugar vindo da infância (excerto) - TEREZINHA PEREIRA

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Mais um retrato... Não deixa de ser uma outra maneira de se começar esta história.

Rodrigo ficara cerca de quinze anos sem, vez sequer, retornar a sua terra onde, pelo visto, como antes, quase nada acontecia. Alguns amigos o procuraram logo que souberam de sua chegada. Estavam curiosos. Queriam conhecer a esposa dele, aquela que havia sido capaz de ocupar-lhe no coração o vazio deixado por Juliana, que com ele vivera, anos e anos, um namoro, uma intensa paixão e que, quando se preparavam para começar a vida a dois, ele com o tão sonhado diploma de médico na mão, ela resolvera tomar outros rumos. A moça escolhera viver voando de Paris para Nova Iorque, Roma, Londres ou para onde a convidavam as mais poderosas agências de modelos do mundo.

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Primeiro olhei para dentro (excerto) - ANGELA RODRIGUES

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A saída foi olhar para dentro e do meu jeito. Imediatamente acessei a memória e os aprendizados valiosos de grandes mestres. O monge budista vietnamita Thich Nhat Hanh, por exemplo, sinalizou que “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”. Não adianta correr nem seangustiar e sair porta afora para o futuro, como eu fiz na última viagem à Europa.

A saída foi focar o caminho e o que temos para hoje. A doença nos leva a temer o futuro, o sonho “impossível” de voltar à vida normal, negar o presente, os incômodos, o medo da morte e de não se curar. Mas, não é assim que a banda toca! Na cama, mesmo com dores, percebi que a vida me sinalizava criar um novo caminho e uma nova forma de ser.

O filósofo chinês Lao Tsé lembrou-me da importância do momento presente, o aqui-agora, quando expressa: “A vida é uma série de mudanças naturais e espontâneas. Não resista a elas – isso só gera tristeza. Deixe a realidade ser realidade. Deixe as coisas fluírem naturalmente pelo caminho que elas seguirem.”

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segunda-feira, 8 de maio de 2023

O abismo (excerto 2) - CARLA SANTOS

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O seu parque florestal, conhecido como o pulmão da cidade, situado na Serra de Monsanto, zona ocidental da capital, imensa paisagem florestal, manchada de verde com 900 hectares. Passei por pinheiros mansos, zambujeiros, sobreiros, ciprestes do Buçaco, diversos arbustos silvestres e carvalhos. Uma biodiversidade que me espantou, nunca me passou pela cabeça que existissem tantas espécies num local colado à grande cidade. Existem por lá umas 60 espécies de aves, esquilos, coelhos bravos, anfíbios e répteis. Bem, respirar aquele magnifico ar puro da natureza fez-me parar, sentar no meio do nada junto a uma pequena clareira e meditar ao som do piar dos pássaros, e do vento que soprava lento e refrescante. Segui a técnica do 369... fazendo 3 vezes respiração profunda, depois 6 e depois 9 vezes... seguindo o inspirar e a contagem dos números na minha mente, enquanto sustinha o ar dentro do meu corpo, já relaxado e ausente de tudo o que estava à minha volta, e depois expirá-lo todo, como se estive a soprar. Quando abri os olhos tudo se iluminou na minha cabeça... uma varanda enorme, num local tranquilo, por cima da zona sul.

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domingo, 7 de maio de 2023

Como ocorriam os fenômenos (excerto) - DALMO MEDEIROS

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Voltando ao limiar dos fenômenos, em todas as comemorações de aniversários da nossa família, havia cantoria. Os tios, irmãos do tio Cauby, todos tocavam um instrumento diferente. Tio Moacyr no piano, tio Araken no pistom - meu pai fora seu professor de Pistom, tia Aracy tocava acordeon, como minha avó, D. Alice Carvalho, meu avô, Elisiário Peixoto, professor de violão, minha mãe cantava e tio Cauby… dispensa comentários.

Tio Cauby, que já conhecia os dotes musicais de mamãe como cantora, à época dos áureos tempos da Rádio Nacional, sempre quando nos visitava, pedia que ela cantasse duas canções que o deixavam emocionado, são elas: Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro) e Folhas Mortas (Ary Barroso).

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sábado, 6 de maio de 2023

Como lidei com a dor? - ANGELA RODRIGUES

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Equilibrei vários pratinhos simultaneamente no tratamento. As agulhadas infinitas, as dores profundas e inimagináveis soavam como sirenes ininterruptas e ensurdecedoras. Por outro lado, como a gente se acostuma a qualquer coisa! Foram prazeres e dores e percebi que não mais evitava sofrer com as picadas das agulhas. Apenas identificava-as como bem aplicadas ou não. Elas deixaram de ser um foco e passaram a ser apenas o que estava me curando.

De nada adianta negar as dores e considerá-las castigos, mandingas, mau-olhado, praga, crueldade do destino, falta de sorte. Evitei essa posição de vítima, sem resmungar e nem lamentar como o “Por que eu?” ou “O que eu fiz para merecer isso?” Eu já sabia as respostas. Apenas convivi com os incômodos - um passo para frente e dois para trás!

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quarta-feira, 3 de maio de 2023

O abismo (excerto 1) - CARLA SANTOS

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Os ruídos ensurdecedores dos motores encurtavam o espaço entre o ser racional e animal, sentia-me uma presa fácil e desnudada no meio de Lisboa.
Aquelas ruelas estreitas de calçada, tortas e desleixadas... roupas estendidas nos varais, janelas entreabertas, velhotas a conversar nas varandas meio podres que quase pareciam cair para o chão de tão enferrujadas.
A caminhada que hoje fiz foi diferente da habitual... percorri 11 km a pé de ruas antigas numa busca por um sinal, que nem sei se existe.
Tinha subido a ingreme, comprida e movimentada Calçada da Ajuda, que antes do terramoto de 1755 era um lugar despovoado, onde se cultivavam pomares, vinhas, trigo e olivais, mas antes passei pelos pasteis de nata onde fiz uma pequena pausa para saborear um delicioso e quentinho, com canela, acompanhado de um expresso escuro e forte.

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terça-feira, 2 de maio de 2023

Casos 1 e 2 (excerto) - DALMO MEDEIROS

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Não há como iniciar o relato dos eventos, sem apresentar um perfil espiritual de minha mãe. Tia Aracy Peixoto, antes de partir, relatou que minha mãe via, não só seu pai, como também sua mãe, Dona Alice. Se ela tinha o poder de ver, teria também o poder de efetuar curas, caso quisesse desenvolver esse seu lado espiritual, dito por um guia espírita certa vez.

Dona Iracema Peixoto, apesar de não ter desenvolvido sua mediunidade, como eu acho que deveria, tinha uma percepção forte das coisas à sua volta. Era vidente. Temos relatos da família, que remontam de sua fase antes do casamento, que, por diversas vezes, via seu pai atrás dela quando olhava diante de um espelho.

Um dos eventos mais incríveis que aconteceu com ela, foi no dia da morte da cantora Ellis Regina, em 19 de janeiro de 1982. Era um dia como outro qualquer e, quase todo inicio da semana, tio Cauby ligava para mamãe pedindo que ela fizesse uma comida, um feijão, um arroz, uma salada, algo que evitasse sua ida à rua.

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segunda-feira, 1 de maio de 2023

O início do agora - O corpo assume o poder (excerto) - ANGELA RODRIGUES

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Eu mal conseguia andar e, me assustei ao abraçar minha amiga Ignez, ambas com a mesma altura e minha cabeça bateu no seu queixo! Eu tinha perdido dez centímetros da minha altura de um dia para outro!! Pirei com tudo. Além disso, a hematologista prescreveu quimioterapia e desabei no choro. Eu só queria saber quando terminaria este pesadelo. Esse foi o momento mais dramático! Perdi meu chão!!!!

Os efeitos colaterais da quimio e os remédios pesados só me derrubaram uma vez, quando explodi por todos os lados. Foi o momento em que senti minha impotência de não conseguir levantar e nem para ir ao banheiro. Logo eu, que salvara a todos, cheia de gás e otimismo? Pois é, era o eu que tinha no momento - viver segundo a segundo, no agora e agora, foco na cura e compreender o que me levou a isso e como sair desse lugar.

Percebi que teria que rever tudo sob uma nova ótica para sair desse baita pesadelo - e ainda sem forças para reagir. Passei a dormir de barriga para cima sem mexer um músculo. O colchão “mil estrelas” que compramos para o problema na lombar parecia uma cama de faquir! Tudo espetava, não havia nenhuma posição que aliviasse minhas dores.

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