Agradecemos à autora ANA SIMÕES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Poesia, prosa ou conto, porquê?
Sempre
gostei muito de escrever. Comecei a escrever Poesia, na fase da adolescência.
Fase em que já não és menina, mas também ainda não és mulher – uma fase de
definição do Ser, busca de uma identidade própria e de afirmação.
Na
altura, usava a Escrita de forma terapêutica. Sentia necessidade de colocar
sentimentos cá para fora e fazia-o através da Escrita.
Após
a adolescência, apenas escrevia coisas mais técnicas.
Em
2020, tudo mudou. Inscrevi-me quase por
brincadeira no Minicurso “Descobre o poder da tua escrita”, com a Analita
Santos. Gostei tanto que continuei a participar em cursos promovidos por ela,
retomando assim o gosto pela Escrita. Estrei-me recentemente nos Contos, com a
participação na Coletânea “O Tempo das Palavras com Tempo”, da Leya, cuja
mentora e responsável pelo Projeto é a Analita.
A
minha preferência vai para a Prosa. É mais trabalhoso e desafiante e eu gosto
de desafios.
Como Escritora ainda ando à procura da minha “voz”.
2 - Quase um ano de pandemia, o que mudou na sua rotina, enquanto autora?
Comecei a ler e a escrever mais. A frequentar cursos de Escrita Criativa e a participar em Concursos Literários. Um escritor tem de escrever, reescrever e voltar a escrever até se tornar bom. Ninguém se torna Escritor da noite para o dia. Requer prática.
3 - O que tem feito para manter-se produtiva e dar continuidade aos projectos em tempos tão restritos?
Leio e faço pesquisas na Internet. Tento manter a minha sanidade mental. Nos tempos que correm é muito importante cuidarmos da nossa saúde, não só física, mas como também mental e emocional. Dependemos disso e os nossos filhos – as gerações futuras também.
4 - Pontos positivos e negativos na sua trajetória na escrita.
Pontos positivos: melhoria na escrita/conseguir partilhar com o “Mundo” o que escrevo; Pontos Negativos: procrastinação e não ter um método.
5 - O que pensa sobre essa nova forma de estar, onde tantas pessoas começaram a utilizar LIVES e VÍDEOS para promover suas atividades?
Não
acho mal. As pessoas foram obrigadas a se reinventar. Muitas famílias ficaram
sem o seu ganha-pão. No entanto, surgiram muitos esquemas fraudulentos. Coisas
desconhecidas e para as quais muitos de nós não estávamos de todo, preparados.
Talvez a minha forma de pensar seja muito “inocente”, mas continuarei sempre a pensar assim. Existe lugar para todos. Não precisamos de andar a atropelarmo-nos uns aos outros. Devemo-nos respeitar e cada um fazer a sua parte, para tentar fazer do Mundo um local melhor. Que o seja pelos e para os nossos filhos.
6 - Acredita que o virtual, veio ocupar um espaço permanente, sobrepondo-se aos encontros literários presenciais, pós pandemia?
No meu entender, penso que o virtual veio para ficar, mas penso que podem co-existir os dois em simultâneo. O virtual encurtou mais a distância entre as pessoas. Nos Encontros Virtuais encontramos pessoas de todo o país e até de outros países, coisa que seria mais difícil e que envolveria mais recursos se fosse presencial. Muitas pessoas não participariam. No entanto, eu daria primazia aos Encontros Presenciais, pois sou uma pessoa mais de afetos, de abraços, de toque. No virtual não há isso.
7 - Se pudesse mudar um acontecimento em sua vida literária, qual seria?
O que tenho, não posso dizer que é uma vida literária. Se o for considerar, é uma vida ainda muito curta. Ainda estou a dar os primeiros passos. Mas seria sem dúvida, ter começado a participar em concursos literários e em cursos mais cedo. Tinha vergonha de mostrar os meus textos.
8 - Indique-nos um livro que lhe inspirou.
Como gosto de ler, vários livros me têm inspirado. Cada um me cativa com uma história diferente. É-me difícil escolher um. “O 11 Mandamento” de Daniel Sá Nogueira; “Vai aonde te leva o Coração” de Susanna Tamaro, “Profecia Celestina”, de James Redfield, entre muitos outros.
9 - Quem é a Ana Sofia Simões no reflexo do espelho?
A Ana Sofia Simões é curiosa, sedenta de saber, resiliente e muito persistente. É uma Guerreira. É como um pau de bambu – dobra, mas não parte.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Como
ainda estou muito “verde” neste ofício, qualquer pergunta que me fizessem sobre
o mundo literário seria uma pergunta válida. Mas talvez, “Onde vai buscar a sua
inspiração?” ou “O que escreve é real?” ao que eu responderia, que me inspiro
nos acontecimentos da minha vida e das pessoas à minha volta.
Uma parte do que um escritor escreve, é baseado em fatos ou pessoas reais e outra parte é fantasiado.
Participou numa Coletânea e pertence aos grupos “Clube dos Writers” e “Encontros Literários - O Prazer da Escrita”, promovido pelos escritores Analita Santos e David Roque.
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