Transportas o coldre
Pejado de munições
Não és guerreiro
Nem herói
Não és força
Nem bravura
És anjo negro
Calado
À toa
Pela rua
Assassino
Ignorante
Inconsciente
O tiro a ti não mata
Mas dizima à tua frente
Fazes da morte cliente
Que se ri
E alimenta
Com a morte de quem matas
Com as tábuas que tu pregas
Negas
Tu ser o culpado
Mas és tu e outros cem
Que sem
Qualquer cuidado
Fazem o outro refém
Ninguém!
Ninguém!
Mas ninguém!
Pode matar asssim!
Ninguém!
Ninguém!
Mas ninguém!
Pode viver assim!
És tu!
Que não és risco
Serves tu!
És tu o isco
Para a rede cheia voltar
De corpos que antes
Nadavam livres
em qualquer mar
Acorda Assassino!
Acorda!
Antes que os tiros que dás
Matem…
A ti também!
Luís M Guerreiro
Todos os textos publicados na rubrica EM TEMPOS DE QUARENTENA são da responsabilidade exclusiva dos autores e os direitos respectivos apenas a eles pertencem.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso