domingo, 12 de março de 2023

aljube, resistência e liberdade (excerto) - FLÁVIO ULHOA COELHO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Descendo lá do Castelo de São Jorge pela rua dos trilhos, pouco antes da Sé, lado direito, há o Museu Aljube, Resistência e Liberdade. No prédio que abrigava os presos políticos do regime salazarista é possível agora ter uma clara noção daqueles tempos sombrios de Portugal, mas também das técnicas de regimes totalitários.
Fernando Pessoa, fazendo o caminho inverso e indo em direção ao Castelo, em seu guia “Lisboa, o que o turista deve ver”, menciona assim esse prédio: “Um pouco mais acima, onde era antigamente o palácio do arcebispo D. Miguel de Castro, é a cadeia de mulheres conhecida por Aljube. Não merece a nossa atenção excepto no que respeita ao passado histórico do próprio edifício”. Mas isso foi antes de Salazar, pois esse guia foi escrito provavelmente em 1925.
Logo no primeiro andar, compartilhando o espaço sobre Portugal do século XX, há um vídeo em que se repete e se repete um famoso discurso de Salazar por ocasião do décimo aniversário do golpe:
“... não discutimos Deus e sua virtude, não discutimos a autoridade e o seu prestígio, não discutimos a glória do trabalho e o seu dever, não discutimos a família e a sua moral, não discutimos a pátria e a sua história...” (Salazar, 1936).

EM - HISTÓRIAS DO THIO THEREZO - FLÁVIO ULHOA COELHO - IN-FINITA

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