quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

O Prédio (excerto 3) - SUSANA PIRES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link

Nas variantes sonantes de se ter conhecido gente, no nome das coisas, no impercetível dedilhar de mãos que tocaram o piano, o copo em reflexo de corpos, avesso de pessoas de porte e gesto visceral. Cenários oxigenados de paisagens carregadas de cheiros sem teto. As paisagens nunca têm tetos florindo nas calçadas, capas de feiticeiros cobrindo estrangeiros de fantasia. Levianos em surrealismos, bancos de jardins despertando o sol desabotoado pelo casaco vermelho, perdido no bafo do cumprimento, na última hipótese de encontro.
Trouxe-o comigo, na pele, por o ter tocado, não sei a quem pertence, inalo nele a exaustão dos corpos, tropeços de encontros no Bairro Alto, vozes cantadas pelos segundos plurais das peles, a juventude, um todo em sorrisos.
O cheiro dos livros, nas livrarias abertas ao mundo, pequenas, outras atrevidas de recantos, conteúdos encadernados, grossos de estórias, papel ligeiro suave, encandeando os imaginários terrestres e outras narrativas além de sílaba, de verso, de parágrafos suspeitos pela menina de olhos verdes e cabelo ruivo, facilitando fantasias aos leitores.

EM - O PRÉDIO - SUSANA PIRES - IN-FINITA

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