quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

As nossas almas solitárias (excerto 7) - C. GONÇALVES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Não sei o que pensar, nem o que sentir. Tenho uma confortável sensação de aconchego quando nessa noite me deito. Não foi nada de especial, nem nada do outro Mundo. No entanto, as suas palavras confortaram-me de alguma maneira. Ou então percebo que afinal não estou só. Que existem mais pessoas que se divorciaram e que apesar da passagem do tempo, continuam a sofrer as consequências disso. Pessoas cuja vida mudou para sempre. É isso. É isso que sinto; esse sentimento de experiência partilhada. Ou então, bebemos demais…

No dia seguinte, sou eu que acordo cedo e despacho-me para aproveitar a manhã. Quando espreito os meus filhos, ainda dormem descansadamente. Quando chego à cozinha, vejo-o de pé, encostado à bancada. Prepara o pequeno-almoço e aparentemente, mais ninguém ainda se levantou. Faço tenção de dar meia volta e escapar-me, mas sem sucesso...

EM - AS NOSSAS ALMAS SOLITÁRIAS - C. GONÇALVES - IN-FINITA

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