quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

A cruz haitiana (excerto 7) - IARA LEMOS

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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No momento daquela pergunta, as religiosas e seus convidados – inclusive eu –, que estavam hospedados na casa bem estruturada para os convencionais padrões haitianos, localizada no bairro Karakoly, tomávamos o pequeno-almoço. No centro da mesa, estava o pão de argila e frutas colhidas do pomar naquela manhã. Ovos não faltavam; havia suco de abacaxi e o café completando a refeição.
No Haiti, a primeira refeição do dia das religiosas é típica de um almoço, regado a muita pimenta, tempero típico do país. O condimento, mais que dar sabor apurado aos alimentos, não deixa de ser um recurso para a conservação deles. Sem geladeira, nem outro tipo de utensílio capaz de conservar a comida, uma vez que não há energia elétrica em boa parte do país, o haitiano, de forma geral, precisa de improvisar maneiras de manter o alimento – já escasso – apto para o consumo por mais tempo. A pimenta e o gengibre foram algumas das alternativas encontradas. Não raras vezes, o café da manhã das missionárias inclui, também, omeletes com cebolas. Naquele meu primeiro dia em solo haitiano, a omelete ficou para o jantar.

EM - A CRUZ HAITIANA - IARA LEMOS - IN-FINITA

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