quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

As nossas almas solitárias (excerto 6) - C. GONÇALVES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Quando finalmente nos instalamos na beira da piscina, o sol já vai alto. Deito-me numa das esperguiçadeiras de lona amarela, debaixo de uma pérgula verde-escura. Ponho os óculos de sol e tento abstrair-me do romance permanente da Sara e do Santiago. Mas fico feliz por eles, muito feliz mesmo. Viro-me para o outro lado, a tempo de ver o Salvador chegar. Tem o cabelo ainda molhado do banho e veste uns calções pelo joelho e uma t-shirt. Traz um livro na mão e deita-se em silêncio na cadeira em frente à minha. Por sorte, tenho os óculos de sol e consigo observá-lo sem que me veja. Isso não fará mal certamente… As suas mãos são compridas e seguram firmemente o livro enquanto o folheia. As vozes do Martim e da Carolina, ouvem-se no caminho que vem da horta até à piscina, despertando-me da minha divagação.

EM - AS NOSSAS ALMAS SOLITÁRIAS - C. GONÇALVES - IN-FINITA

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