quarta-feira, 26 de outubro de 2022

(E)TERNA SENSUALIDADE de Nicoleta Peceli - Sinopse

Posfácio

Chegados ao final desta obra da autora Nicoleta Peceli, ficamos com a certeza de que estamos perante uma obra diferenciada.

O trabalho de qualquer artista está sempre, de certo modo, dependente de como o seu público o entende e aprecia. É precisamente aqui, neste ponto, que em meu entender se encontra a mestria e a dificuldade de quem escreve.

A mensagem que se pretende passar tem de ser objectiva, sem margem para enviesamentos ou críticas despropositadas.

Nesse âmbito, escrever uma obra de cariz sensual e/ou erótico, obriga a uma enorme clarividência por parte de quem escreve, sob pena de os seus autores correrem o risco de verem a sua obra como vulgar ou próxima  do pornográfico.

Importa, por estas razões, exultar o trabalho da autora Nicoleta Peceli que, mesmo sendo mulher num país ainda algo machista, teve a coragem de escrever sobre um tema tantas vezes tabú, não só para muitas mulheres que ainda não se libertaram de uma educação patriarcal, mas também para a sociedade em geral, ainda presa aos valores religiosos e castradores.

Será, porventura, um choque para muitos homens e muitas mulheres, que uma mulher expresse, de uma forma liberta e descomplexada, pensamentos, devaneios, desejos e comportamentos mais íntimos.

E é neste ponto que julgo que a obra de Nicoleta Peceli é encorajadora e libertária, sobretudo para as mulheres, perante os outros, mas essencialmente perante si próprias.

Esta (E)terna Sensualidade, com que a autora nos presenteia, é um exercício de libertação para as mentes ainda retrógradas que pululam na sociedade portuguesa.

Assim, cabe ao leitor/a reflectir sobre a obra que agora finda, sem fazer juízos de valor e, acima de tudo, sem a entender como uma obra autobiográfica acerca da sua autora.

Se leu esta obra, então está de parabéns. Valerá a pena ponderar sobre tudo aquilo que leu, liberte-se, liberte quem está à sua volta e seja feliz, porque ninguém poderá sê-lo sentindo-se culpado.

O prazer não pode ser uma forma de culpa, mas uma escapatória para aquilo a que chamamos Paraíso.

Raul Tomé

A partir de Novembro divulgação dos textos nos blogues TOCA A ESCREVER

(E)TERNA SENSUALIDADE - NICOLETA PECELI - IN-FINITA

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