LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
Há um nome muito presente na minha vida, que por já mais que uma vez deu origem a situações algo… caricatas.
Cú de Judas.
É esse o nome da minha terra. Ou melhor, do sítio onde vivo. Que nem sequer merece ser chamado de povoação. É só um lugarejo, com meia dúzia de casas. Segundo ouvi dizer, quando chegou a altura de arranjarem um nome para aquele conjunto de casas, houve alguém que sugeriu o nome Cú de Judas, que normalmente até significa “no fim do mundo”. Apesar de não ser esse o caso – bem pelo contrário: o local, bastante aprazível, fica relativamente perto de um centro urbano, com praticamente tudo bastante à mão de semear –, o nome foi aprovado. Mas se a ideia era ser original, não conseguiram, pois como todos os moradores deste Cú de Judas bem o sabiam, existia outro Cú de Judas: ficava na freguesia de Água Retorta, concelho de Povoação, Ilha de S. Miguel, no arquipélago dos Açores.
Apesar de ter crescido no seio de uma família relativamente numerosa, rodeada de 4 irmãos (2 mais velhos – o Silvestre e o Serafim, e 2 mais novos – o Sebastião e o Santiago), a memória que eu tenho é que o meu crescimento foi algo solitário.
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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