quarta-feira, 16 de março de 2022

O dia em que eu te vi pela primeira vez - VÍTOR PAIVA DUARTE

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No dia em que eu te vi pela primeira vez, não chovia, o sol quase não se sentia e a lua não se via, mas foi certamente um dia planeado por Deus, para que os sorrisos que andavam perdidos dos olhos meus, encontrassem perdidos, sorrisos nos teus.
Mas, no dia em que eu te vi pela primeira vez, onde estava esse Deus criado pelos homens, para os proteger nas horas perigosas e para os castigar todas as vezes que sentissem prazer, apenas porque tudo o que sabe bem, sabe a pecado? Esse Deus bondoso que inventou as flores para nos darem sorte aos amores, não nos ensinou a distinguir os prazeres das dores!
No dia em que eu te vi pela primeira vez, os planetas estavam desalinhados como sempre estiveram, os rios corriam para o mar apenas porque queriam salgar as águas que choveram, os pássaros cantavam desafinados uma incerta melodia, situada entre a tristeza e a alegria, e eu, espantado, era a primeira vez que te via, na tarde daquele dia!
O dia em que eu te vi pela primeira vez, não aconteceu como o nosso amor merecia, de tão normal que foi aquele dia.
Mas... sei que tudo será diferente quando eu te voltar a ver pela primeira vez, porque esse dia vai durar um mês, cada sorriso vai valer por três, o mar voltará a ser doce outra vez... e nesse tempo sem crises, as árvores arrancarão as suas próprias raízes e voarão com os pássaros para outros países. E será no meio de toda essa alegria que tu me dizes, "agora sim, já podemos ser felizes"!

EM - POETIZAÇÔES EM PROSA - VÍTOR PAIVA DUARTE - IN-FINITA

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