terça-feira, 1 de março de 2022

24 Setembro 2018 (excerto) - FRANCIS RAPOSO FERREIRA

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Aproveita o tempo que lhe resta para tentar saber mais alguma coisa sobre a empresa onde, supostamente, trabalha Lourenço. Assim, pergunta à funcionária do quiosque se sabe qual o ramo de actividade da empresa, ao que esta lhe responde tratar-se da representante de uma conhecida marca internacional de roupa desportiva, acrescentando ser muito corrente alguns dos seus funcionários por ali passarem no final do dia de trabalho. Mel sente-se tentada a perguntar se tem visto por ali, alguém com as características de Lourenço, mas o medo, sempre o medo, de poder levantar desconfianças, leva-a a não o fazer. Agradece a atenção e afasta-se um pouco.
Assim que se apercebe de um banco de jardim vago mesmo defronte da porta, não perde tempo a ocupá-lo. A espera parece-lhe longa.
Subitamente vê abrir-se a porta que pressupõe ser a da empresa de Lourenço. Saem três ou quatro pessoas e nenhuma delas é a esperada. Novo compasso de espera, até que vê surgir mais duas ou três pessoas, novamente nem sinais de Lourenço. Decide arriscar, levanta-se, dirige-se a um dos elementos femininos do grupo e pergunta-lhe, sem qualquer hesitação, se tem algum colega de trabalho chamado Lourenço. A mulher lança-lhe um olhar de cima a baixo, olha para os restantes colegas, como que a pedir autorização para falar, e responde-lhe que sim.
Mel sente um enorme alívio no coração, ganhando coragem para lhe formular nova pergunta, agora mais directa, isto é, se sabe a que horas ele sairá para almoçar. A mulher volta a olhá-la dos pés à cabeça, parecendo gostar do que vê, e respondendo-lhe que o colega deve estar a sair.

EM - DIÁRIO DE MEL - FRANCIS RAPOSO FERREIRA - IN-FINITA

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