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A desconstrução do pensamento Moderno, ao nível social, Daniel Bell (sociedade pós industrial) ou François Lyotard (sociedade pós moderna), significou a conceptualização de um mundo, da Modernidade, que ao reinventar-se com tanta regularidade nos planos científicos e tecnológicos, criando um novo mundo planetário de comunicação, sistemas, informática, robótica, comunicações instantâneas, cultura sem identidade (globalizada), varre o ideal que a Modernidade tentou sempre legitimar, da Revolução Social, da Libertação pela afirmação dos Direitos e das Liberdades (sejam na via Reformista ou Revolucionária).
A Tecnologia uniu o Mundo, mas separou no universo da Noosfera humana, cultura-política, coletivo-sujeito, Estado-Identidade. Com isso recriou um outro processo de socialização, liberto das amarras esquerda/direita, progresso/conservadorismo. Porque a ideologia desaparece como centro da informação/pensamento e cultura, e entra o objecto posse, a tecnologia do momento, de uma cultura “non engagé”, mas de entretenimento, subliminar, elaborada no plano visual e dos média, mas pobre no sentido e na estrutura de vida, história e pensamento. Da saúde à lei, da educação à justiça, desmantela-se a noção de poder e direito, de democracia representativa e de subida social, por uma socialização instrumental, de aquisição, ou nas palavras de Braudillard e Lipovetsky uma dissolução do social, na medida em que instaura uma rutura com uma tradição intelectual e cultural, que provém do Renascimento, mas tem o seu auge com a Revolução Francesa, em que o sentido da ação está ligado à instrumentalidade da mesma.
EM - A VIA DA SÍNTESE III - JOAQUIM SILVA - IN-FINITA
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