sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

24 de Setembro de 2018 (excerto) - FRANCIS RAPOSO FERREIRA

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Outra forte determinação que Mel tem vindo a colocar em prática, diz respeito ao seu desejo de ajudar as mulheres que a procuram com o advogado, na sua luta para conseguirem livrar-se do sofrimento, igual, ou pior, ao que ela mesma sentiu na pele e na alma, o que, não poucas vezes, a leva a abdicar dos honorários a que teria direito. São as recordações do seu próprio passado que a não deixam ficar indiferente ao drama dessas outras mulheres, muitas delas sem posses para lhe pagarem, o que lhe faz recordar-se de como se sentiu ao ver o marido, em plena lua-de-mel, tirar-lhe os cartões bancários e todo e qualquer dinheiro vivo. 
O facto de celebrar o seu aniversário a uma segunda-feira que promete vir ser mais abrasadora que muitos dias de pleno verão, o qual parece teimar em não se despedir, também contribui, e fortemente, para que este seu desejo de se deixar ficar por casa, a sua nova e realmente sua casa, a satisfazer outro grande prazer que a acompanha desde criança, e que lhe esteve vedado durante os anos de casada, vaguear por casa completamente nua, se cumpra.
Sentindo-se completamente à vontade, o que a leva a felicitar-se a si mesma pela compra daquele estúdio que, embora pequeno, lhe transmite uma sensação de liberdade que há muito não lhe era permitida respirar. Sensação de liberdade, essa, que se deve, em grande parte, por o estúdio se situar a um plano mais elevado que qualquer janela fronteiriça, o que aliado ao facto de ser a primeira casa verdadeiramente sua, constitui motivo de plena felicidade. Sente-se tão feliz que não resiste à tentação de, finalmente, abrir aquela caixa e fazer uma escolha do que por lá possa encontrar e de que não faz a mínima ideia.

EM - DIÁRIO DE MEL - FRANCIS RAPOSO FERREIRA - IN-FINITA

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