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O Jumbo da British Airways, o maior avião onde alguma vez tive oportunidade em viajar, desce já em direção da pista de aterragem. Através da janela, e, em toda a extensão que a minha vista consegue alcançar, descubro a savana. Uma paisagem de tons amarelo torrado sarapintada por pontos esverdeados que à medida que nos aproximamos do aeroporto tomam a forma de acácias. Sim! Aquelas árvores que normalmente aparecem no horizonte ao pôr do sol, nos documentários da National Geographic sobre África. E, aqui e acolá, observo ilhotas de vegetação rasteira que apesar de muito ressequida pelo sol vai mesmo assim servindo de pastagem a alguns animais, que, desculpa a minha ignorância filho, me parecem ser antílopes.
Na altura em que fui para o Quénia, tinha vinte e sete anos. A vida errante de viajante começara a perder o fascínio de outrora porque as constantes e recentes despedidas de lugares e pessoas deixavam o meu coração vazio. Temia vaguear sem rumo e terminar só, sem nada de concreto a que me agarrar. Mas a oportunidade de conhecer África assim surgida tão de repente, foi um sonho tornado realidade ao qual não consegui resistir. E, como em todos os sonhos, o mistério do lugar aliado à quase sua inatingível distância, sobrepôs-se a tudo o resto. Esqueci, assim, por alguns tempos os meus receios quanto ao futuro e fui à descoberta do Quénia, uma terra de que muito ouvira falar em livros e filmes, mas cuja realidade na verdade desconhecia por completo.
Graças aos meus generosos pais que me fiaram um empréstimo para financiar a epopeia, duas semanas após ter chegado a Lisboa vinda de Bruxelas partia de novo à aventura. O estágio que me aguardava, sob a égide das duas sedes da UNEP e Habitat, era tudo o que eu queria. Não só enriqueceria o meu currículo mas, e sobretudo, dar-me-ia a oportunidade de contatar de perto com a realidade de um país do «sul».
EM - KIPEPEO SAFARI (A VIAGEM DA BORBOLETA) - ISABEL SOFIA DOS REIS-FLOOD - IN-FINITA
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