Agradecemos à autora ADRIANA SANTIAGO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Poesia, prosa ou conto, porquê?
Poesia. É o que mais gosto de escrever. Dedico meu tempo de escrita especialmente á poesia. Não sei bem explicar o porquê. É amor à poesia.
2 - Quase um ano de pandemia, o que mudou na sua rotina, enquanto autora?
Minha rotina mudou bastante, inclusive porque mudei de cidade. Passei a morar perto de minhas irmãs e sobrinhos. No que se refere à rotina como autora, intensifiquei a escrita, e os estudos e pesquisas que embasam a escrita. Dessa dedicação, em plena pandemia "nasceu" meu terceiro livro de poesias "As dores do mundo - em tempos sombrios", em processo de edição na editora Scortecci (SP).
3 - O que tem feito para manter-se produtiva e dar continuidade aos projectos em tempos tão restritos?
Gosto muito de estudar. Estou estudando atualmente vários assuntos: a história de Minas Gerais, meu estado natal, que será o tema do meu próximo livro de poesias, a ser publicado em 2022; o feminismo e a escrita feminina e feminista (com o livro "Por uma crítica feminista", de Eurídice Figueiredo); e literatura brasileira (com a obra "A História concisa da literatura brasileira", Alfredo Bosi). Sou autodidata. Adoro estudar. Creio que o farei até os fins dos meus dias, se minha saúde permitir. No mais, planto flores, cozinho, arrumo casa.
4 - Pontos positivos e negativos na sua trajetória na escrita.
Vou começar pelo negativo, por que só tem um: ter começado a publicar mais tarde, já com 48 anos. Fora isso, são só pontos positivos, só alegria, muita honra e orgulho em poder realizar o sonho de toda uma vida: escrever e publicar livros. Através da escrita me expresso, coloco no papel a minha forma de ver o mundo, de compreender a história, o tempo e o espaço. Sem contar a quantidade de amizades que fiz, pessoas incríveis que conheci. Escrever é libertador.
5 - O que pensa sobre essa nova forma de estar, onde tantas pessoas começaram a utilizar LIVES e VÍDEOS para promover suas atividades?
Penso que essa forma de promover os encontros e debates, as lives, vídeos é muito positivo. é a solução que nos caiu do céu neste momento. Já pensou se não tivéssemos esses recursos? Estaríamos trancafiados em casa sem comunicação com o mundo! É fantástica essa capacidade, essa possibilidade de realizar encontros, lançamentos de livros, até mesmo feiras virtuais. Presencial é mais agradável e alegre, é claro, mas o que temos para o momento é essa solução (salvação). Além disso, em muitos casos, não poderíamos participar de tantos eventos em um só ano, em tantos lugares diferentes, devido ao alto custo dos deslocamentos e hospedagem. Portanto, essa nova forma de estar não sumirá de vez com a pandemia, mesmo com a volta dos eventos presenciais. Eu aposto nisso.
6 - Acredita que o virtual, veio ocupar um espaço permanente, sobrepondo-se aos encontros literários presenciais, pós pandemia?
Sobrepondo-se não, mas paralelamente aos encontros presenciais, continuarão acontecendo os virtuais. Acredito que sim.
7 - Se pudesse mudar um acontecimento em sua vida literária, qual seria?
Gostaria de morar em São Paulo. Acredito que lá tudo acontece, inclusive no que se refere à literatura.
8 - Indique-nos um livro que lhe inspirou
São muitos! Citarei dois: Nova antologia poética, Vinícius de Moraes; Mensagem, Fernando Pessoa.
9 - Quem é Adriana Santiago no reflexo do espelho?
Sou uma pessoa alegre, que leva a vida com leveza, mas que gosta de estar inserida nas questões do mundo, gosta de ler o mundo e andar junto com todos, sem se alienar, sem se negar a tomar uma posição. Gosto de viver, gosto de gente e gosto do amor, em todos as suas formas de se manifestar. Amo a poesia.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Você é feliz? Sim, sou. Mesmo com as adversidades da vida. Penso que a felicidade não é apenas os bons momentos. Felicidade é viver bons momentos e viver os maus, superando-os.
Adriana Santiago é
jornalista, bacharel em História, escritora e poeta. Participou de várias
antologias no Brasil e em Portugal. Possui três livros publicados: Mar Revolto
- Poesias e Crônicas (2017); Flores e Borboletas em meio século de poesia
(2019); O Sapo Jererê e suas aventuras (2019), todos publicados pela editora
Scortecci, São Paulo.
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