quarta-feira, 2 de junho de 2021

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS... LUCIENNE TINOCO RODRIGUES

Agradecemos à autora LUCIENNE TINOCO RODRIGUES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - O que entrega de si, enquanto pessoa, na hora de escrever?

A minha escrita é construída a partir do que penso e sinto. Sendo assim, acredito que ela tem muito de mim. Os elementos externos são fontes de inspiração, no entanto, o que escrevo, mesmo com várias imagens e códigos, carregam fortes traços do meu pensamento e emoção.

2 - Criar textos é uma necessidade ou um passatempo?

Escrevo por necessidade na medida que a escrita me faz elaborar o que me angustia. Esse exercício da palavra que traduz o que está no meu íntimo provoca bem-estar, desse modo, escrever se torna urgente em muitos momentos. Num outro aspeto escrever é um passatempo já que não há comprometimento em produzir, não é uma atividade profissional.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Como considero minha escrita muito intuitiva, na sua origem o mais importante é a ideia. Entretanto, o cuidado com a língua é essencial. Mesmo que a escrita seja simples, sem termos e palavras rebuscadas, como é o caso da minha.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

O gênero literário com que tenho mais afinidade ao escrever é a poesia. Muitas vezes a ideia surge no formato de versos, com palavras e ritmos. Enquanto na prosa, ainda não me sinto hábil para a escrita. Pois acredito precisar de mais argumentos e de uma capacidade de criação muito mais elaborada.

5 - Que mensagens existem naquilo que escreve?

Acredito que o que escrevo pode levar o leitor à reflexão de sua própria existência.

6 - Quais as suas referências literárias?

Clássicos da literatura como: Madame Bovary, de Flaubert, Notas de subsolo, de Dostoievsky, A Hora da estrela, de Clarice Lispector, além de estudos filosóficos que me dão suporte para uma escrita mais consistente. Identificar nos personagens suas fragilidades e suas angústias, desperta em mim desejo de produzir uma escrita que revela o que tenho mais interiormente.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras e autores?

Acredito que o essencial para a divulgação uma obra e de seu autor seja a valorização da própria criação. Mostrar a qualidade da obra em seus vários aspectos. Quanto ao autor, entendo ser válida a exposição no que se refere ao seu processo criativo, suas influências na produção da escrita, desde que sua imagem não supere seu trabalho.

8 - O que concretizou e o que ainda quer alcançar no universo da escrita?

A minha escrita já me colocou em um lugar que considero ser de muito valor já que, para mim mesma, foi surpreendente descobrir essa habilidade. Publiquei meu primeiro livro de poemas: Eu não sei o nome das coisas, em 2015. Desde então não publiquei nenhum texto. Neste momento, ao ter poemas aceitos para as Coletâneas Conexões Atlânticas e Mulherio das Letras na Lua, resgato o desejo de produzir o segundo livro, além de participar de outros projetos coletivos com possibilidades de ver meus poemas alcançarem lugares não imaginados.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

É a primeira vez que participo de uma coletânea. Encontrei neste formato um meio de publicar meus poemas sem os ônus que envolvem uma publicação. Ainda mais por poder estar ao lado de outros poetas numa editora que demonstra interesse em incluir poetas desconhecidos promovendo sua escrita além das fronteiras.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Quando a escrita surgiu em sua vida e como se deu esse processo?

Comecei a escrever em 2014. Até então, não tinha pretensões na escrita. Ao participar de aulas de Filosofia e clubes de leitura promovidos pela filósofa Dília Gouvea, em Nitéroi, fui despertada por ela para essa possibilidade. Desde esse encontro fui soltando as palavras e versos dando vazão ao que pensava. Nessa sequência de acontecimentos surgiu o livro de poemas com incentivo e organização da Professora Dília.

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