LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Contou ao filho sobre aquelas manhãs. Os velhos cajueiros, quem sabe estariam lá? Ele levá-lo-ia para ver um dia. Tudo parecia mais claro naquelas manhãs. O pai, circunspecto, vigiava os irmãos e as irmãs que, quando folgadas do serviço de casa, brincavam de roda, ou agachavam rindo com mexericos, ou pintavam o rosto com o cuidado de não parecerem mulheres da vida. O velho Aristeu consentia, sabia que a mulher deveria ter sua vaidade, não queria ser um bronco como o pai fora.
– Todas as coisas que te digo, meu filho, fazem parte de ti. Por isso é bom ouvir as coisas do passado, pois um dia terás um para contar também aos teus filhos.
EM - CANGALHA DO VENTO - LUIZ EUDES - IN-FINITA
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