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De repente as nuvens ficaram mais escuras na atmosfera do planeta
e o mundo deu uma sacudida gigantesca na dinâmica da
humanidade. Os cenários foram ficando tristes e apavorantes,
as pessoas se acomodaram à revelia de suas vontades, negaram
a realidade. Custaram a perceber que tudo mudara e nada seria
como antes, se agruparam isolaram em seus “barcos diferenciados”,
paralisação obrigatória sem direito a reclames e ou reações
de combate. A guerra começara e o inimigo invisível cumpria
sua saga implacável de sufocar vidas e afundar na morte, tendo
como única alternativa de prevenção e defesa, a união atípica de
ficar juntos, embora com distância, o confronto das relações humanas
e os dilemas da convivência. O desconhecido saído das
brumas da mente coletiva de uma população cheia de controvérsias
sociais, econômicas, políticas, estruturas arcaicas de sistemas
corrompidos, fez emergir os efeitos dos antagonismos do nosso
país. Entramos numa pandemia com inúmeras dificuldades de
sobrevivência que se manifestaram ao deixar visível, em tempo
real, às mazelas e vulnerabilidades enfrentadas no cotidiano dos
excluídos, das minorias, dos desamparados, e de todos em suas
respectivas condições. O Brasil com diversidades e desigualdades
mostrando suas faces deformadas surreais e os podres poderes
numa guerrilha ciclópica. Neste panorama sombrio, a fotografia
colorida de ações solidárias, mostraram sua força, das equipes de
saúde e a dedicação completa no ato de salvar vidas, união da arte
com a ciência, um voluntarismo que surgia de todos os cantos, a
constatação da necessária consciência de interdependência. O isolamento
social, confinar para não disseminar, expôs a significância
do conjunto para proteger e resguardar uns aos outros, direito de
existir e coexistir sem ferir nem tampouco desistir porque a convivência
sempre se impõe. Sem arroubos afetivos, toque proibido,
o carinho como forma de cuidado a iniciar na própria pessoa para
proteger o outro, “um amar ao próximo como a si mesmo” numa
versão de pandemia, foi uma exigência com ou sem anuência, o
Covid-19 nos colocou em cheque. O ciclo psicológico de sentimentos
e emoções em desalinho, tudo ficou intenso, passamos a
viver nos extremos, o equilíbrio, tolerância, tornaram-se imprescindíveis.
O tempo brincou com nossa incapacidade de lidar com
o presente e suas horas passavam sem parcimônia. Neste processo
somente a certeza de que ia acabar e iriamos voltar sem referência
do que ficou para trás. “Afinal, a vida é um grande e bonito desafio,
além de ser um emocionante poema existencial”!
EM - PANDEMIA DE PALAVRAS - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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