terça-feira, 10 de novembro de 2020

Cangalha do Vento (excerto II) - LUIZ EUDES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Resultado: quinze anos consumidos entre a borracha e as índias e nenhuma vontade de voltar. Podia até sentir essa vontade, mas era inútil, porque todas as economias eram consumidas nas noites de farra. Um dia, viajando de barco para outro seringal, aconteceu um acidente que mudou o rumo da sua vida: a companhia de navegação, falida, fez afundar criminosamente o barco cheio de passageiros, para receber o dinheiro do seguro. Aristeu não só se salvou, como salvou mais três vidas, três figurões da sociedade amazonense. Esse ato de bravura teve grande repercussão floresta afora e o povo o aclamou herói. Graças a isso, conseguiu a sua viagem de volta em primeira classe de barco e trem.

Desceu na Estação São Francisco, em Alagoinhas, e deu de cara com o seu amigo de infância, Sátiro Batista, que estava a trabalhar como tropeiro de burro. Pegou carona na tropa e, no dia seguinte, abraçou os seus parentes na aixa Funda.

EM - CANGALHA DO VENTO - LUIZ EUDES - IN-FINITA

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