quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Cangalha do Vento (excerto I) - LUIZ EUDES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Como haveria de viver por mais tempo o homem que tanto amara?! Não havia remédio contra a morte, a saudade era inútil, a ausência perene. Aristeu, o Galego, olhou languidamente a tarde que esmorecia no céu do Junco, onde filetes escarlates delineavam o céu. E morreu com a imagem de Tereza sorrindo para ele.

Muito antes, num ano distante, tivera quinze anos de idade, e prometeu a si mesmo que nunca mais apanharia do seu pai, caboclo rude, ignorante, e que não tinha compaixão em castigar os seus filhos.

Contando com a cumplicidade da sua irmã Maria, arrumou a mala de couro com algumas peças de roupa, farinha, rapadura e carne seca e ganhou a estrada, em direção do vizinho município de Água Fria.

EM - CANGALHA DO VENTO - LUIZ EUDES - IN-FINITA

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