Agradecemos à autora OLÍVIA CLARA PENA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define
enquanto pessoa?
Nesta constante
evolução e mudança que é a vida, sinto-me sempre curiosa com toda a diversidade
e originalidade que esta nos pode oferecer. Neste turbilhão, a generosidade é
um dos meus pilares, aliada à resiliência.
2
- Escrever é uma necessidade ou um passatempo?
Escrever
para mim é completamente visceral. É, sem dúvida, uma necessidade. Escrevo
quando existe algo que não posso conter e expresso-o, escrevendo. A escrita para
mim não tem sido nunca um passatempo.
3
- O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado
linguístico?
Escrevo
de forma espontânea. Para mim, a espontaneidade é fundamental no processo
criativo. A escrita poética, em que me revejo, contém um rol de emoções de
suporte. Esta espontaneidade, contudo, deverá ser acompanhada de um cuidado
linguístico que será, igualmente, imprescindível.
4
- Em que género literário se sente mais confortável e porquê?
Na
poesia. A poesia é uma escrita mais intuitiva e espontânea, sendo, por vezes,
até indisciplinada. É o género que me é mais natural.
5
- O que pretende transmitir com o que escreve?
Pretendo
tocar quem me lê. A poesia tem uma comunicação muito intimista e profunda que
sempre me fascinou.
6
- Quais as suas referências literárias?
A
poesia surgiu na minha vida precocemente e associada à música. Desde muito cedo
me fascinavam autores e interpretes em português, Ary dos Santos, Fausto, Zeca
Afonso, Sérgio Godinho, Jorge Palma (mais tarde juntei a este leque Pedro
Abrunhosa) - e do outro lado do oceano – Vinícius de Morais, Tom Jobim, Caetano
Veloso… Era muito menina para entender a dimensão de tudo o que escreviam, mas
sentia-o, profundamente. Mais tarde,
ainda adolescente, fui-me apaixonando pela poesia dos extraordinários Eugénio
de Andrade, José Régio, Jorge de Sena, Florbela Espanca. Na ficção literária
rendi-me a alguns dos mais entusiasmantes autores lusófonos como José Eduardo
Agualusa, José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe, Jorge Amado a que se foram juntando
outros autores latinos, Isabel Allende, Luís Sepúlveda, Gabriel Garcia Marques,
Mario Vargas Llosa, …
7
- O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?
A
divulgação é uma área que pouco domino.
8
- O que ambiciona alcançar no universo da escrita?
Espero
que quem me lê se emocione com a minha poesia, se sinta tocado e se reveja nela.
9 - Porque
participa em trabalhos colectivos?
Os trabalhos
coletivos têm sido uma forma de divulgação da minha poesia e tem-me permitido
descobrir o trabalho de outros autores surpreendentes e que admiro.
10 - Qual a
pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Para quando a
publicação do meu livro “Amor e outros desencontros”? Para breve…
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