domingo, 20 de setembro de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... OLÍVIA CLARA PENA

Agradecemos à autora OLÍVIA CLARA PENA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Nesta constante evolução e mudança que é a vida, sinto-me sempre curiosa com toda a diversidade e originalidade que esta nos pode oferecer. Neste turbilhão, a generosidade é um dos meus pilares, aliada à resiliência.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever para mim é completamente visceral. É, sem dúvida, uma necessidade. Escrevo quando existe algo que não posso conter e expresso-o, escrevendo. A escrita para mim não tem sido nunca um passatempo.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Escrevo de forma espontânea. Para mim, a espontaneidade é fundamental no processo criativo. A escrita poética, em que me revejo, contém um rol de emoções de suporte. Esta espontaneidade, contudo, deverá ser acompanhada de um cuidado linguístico que será, igualmente, imprescindível.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Na poesia. A poesia é uma escrita mais intuitiva e espontânea, sendo, por vezes, até indisciplinada. É o género que me é mais natural.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Pretendo tocar quem me lê. A poesia tem uma comunicação muito intimista e profunda que sempre me fascinou.

6 - Quais as suas referências literárias?

A poesia surgiu na minha vida precocemente e associada à música. Desde muito cedo me fascinavam autores e interpretes em português, Ary dos Santos, Fausto, Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Jorge Palma (mais tarde juntei a este leque Pedro Abrunhosa) - e do outro lado do oceano – Vinícius de Morais, Tom Jobim, Caetano Veloso… Era muito menina para entender a dimensão de tudo o que escreviam, mas sentia-o, profundamente.  Mais tarde, ainda adolescente, fui-me apaixonando pela poesia dos extraordinários Eugénio de Andrade, José Régio, Jorge de Sena, Florbela Espanca. Na ficção literária rendi-me a alguns dos mais entusiasmantes autores lusófonos como José Eduardo Agualusa, José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe, Jorge Amado a que se foram juntando outros autores latinos, Isabel Allende, Luís Sepúlveda, Gabriel Garcia Marques, Mario Vargas Llosa, …

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

A divulgação é uma área que pouco domino.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Espero que quem me lê se emocione com a minha poesia, se sinta tocado e se reveja nela.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Os trabalhos coletivos têm sido uma forma de divulgação da minha poesia e tem-me permitido descobrir o trabalho de outros autores surpreendentes e que admiro.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Para quando a publicação do meu livro “Amor e outros desencontros”? Para breve…

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