domingo, 30 de agosto de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... MANUEL A. RODRIGUES


Agradecemos ao autor MANUEL A. RODRIGUES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Sou um ser humano que valoriza as relações interpessoais, no que concerne à boa convivência com os meus semelhantes. Nesse sentido, sou um ser errante, que trava uma busca constante, na procura de uma melhor aprendizagem das emoções e dos sentidos da vida.
No sentir da vida, considero-me um sentimentalista, que vive e sente as emoções com alguma intensidade, daí, manifestar-se em mim com alguma turbulência de espírito, que me leva a ser irrequieto nos comportamentos e nos pensamentos.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever para mim, é mais uma necessidade, considerando que sinto uma obrigação interior de esvaziar de mim o “copo da inspiração” que me vai enchendo a mente. Sentindo em mim, a necessidade de materializar na escrita os meus pensamentos e sentimentos, de determinado momento, querendo-os preservar pelo tempo.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Por norma, a minha escrita provém da inspiração do momento e não da premeditação do querer escrever sobre determinado tema. Mas, o cuidado linguístico merece destaque primordial, sendo no meu ponto de vista, a pedra basilar para quem escreve, tentando dar a quem lê, uma clara transmissão das mensagens que se pretendem dar a conhecer ao leitor. Sendo que, é através da prática da escrita cuidada em termos linguísticos, que se verifica a credibilidade, e a maior ou menor aceitação do prestígio do escritor.
Considerando a vasta quantidade de cuidados linguísticos a ter em conta na nossa gramática, penso que escrever em bom português respeitando todos as regras, é uma tarefa de grande cuidado e de algum grau de complexidade. Penso até, que a escrita dos mais doutos, não é de todo isenta de se encontrarem alguns erros. Situação que penso, se veio a tornar mais complexa com a introdução do acordo ortográfico e a negação da sua utilização por parte de um número considerado de escritores.
Na escrita, não pode ser só dada a ideia de ser bonita e até melodiosa, os erros linguísticos, rotulam quem escreve. Sendo a forma como escrevemos um factor identificador de quem escreve, estando nesse cuidado a marca de diferenciação das demais pessoas que escrevem.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

A poesia é sem dúvida a minha rainha na escrita, é por ela que maioritariamente deixo fluir de mim pensamentos e sentimentos, e é por ela que se me abre a torneira da inspiração, sem que exista maioritariamente pensamento prévio ou premeditação.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Com a minha escrita, tento dar conhecimento do que habita no mais íntimo do meu ser, dando a conhecer o meu mundo interior, fora da observação directa da minha pessoa.

6 - Quais as suas referências literárias?

Das minhas referências literárias posso citar algumas, tais como: Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Miguel Torga, Luís de Camões, Bocage, Fernando Pessoa e António Aleixo, entre outros.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias? 

O autor para poder ser divulgado tem que, em primeiro lugar, ter um cuidado aprimorado na sua forma de escrita, escrevendo com rigor linguístico, para que de uma forma clara a sua escrita possa ser mostrada e ser aceite socialmente. O autor tem que fazer parte interessada e motivada na sua obra, e pretender dá-la a conhecimento. Depois tem o dever de tentar viabilizar todos os meios possíveis que poderão estar, ou vir a estar, à sua disposição, prontificando-se a trabalhar todas as oportunidades possíveis, quer individualmente, quer em trabalho conjunto com pessoas ou entidades para esse efeito.
Pode depois escolher das opções possíveis, aquelas que poderão melhor ajudar na prévia preparação de todo o seu trabalho, quer nas diversas apresentações de divulgação pelos diversos meios, que poderá organizar para uma melhor e mais ampla divulgação.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita? 

Com a minha escrita, não vislumbro alcançar nada de especial, nenhum título, nenhum destaque, nenhuma fama. A minha primordial ambição enquanto autor, é preservar pela escrita o meu EU interior na sua forma de pensar, de ver, e de sentir as minhas vivências da vida, enquanto ser pensante provido de emoções e sensações.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

A minha participação em trabalhos colectivos, quer em antologias, quer em colectâneas, quer em tertúlias e outros eventos literários; para além do convívio, gerando por vezes amizades, prende-se com uma possibilidade de me poder dar a conhecer enquanto autor, interagindo com outros autores. A participação de outros autores, que pelas suas diversidades de formas de escrita, podem levar-me a assimilar mais e melhores conhecimentos literários, que me poderão levar a um melhor aperfeiçoamento pessoal na minha forma de escrita.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

- O que seria da vida sem a Poesia?
- A vida sem poesia, por certo seria uma vida desprovida de sentimentos e de emoções, seria apenas a vivência de meros acontecimentos desprovida de emotividade, fantasias e das belezas da vida. Seriamos meros figurantes neste teatro da vida, sem inspirações, sem ambições, sem importar os actos; seriamos actores com retalhos nos fatos. A vida, seria um enorme vazio, não existiria o sorriso, não existiria o brilho no olhar, não existira a magia do viver, do sentir, do sonhar, e não existira o verbo amar.
- Seria como pintar um quadro sem qualquer cor, ficando um quadro vazio e triste.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Toca a falar disso