Agradecemos à autora LUCIRENE FAÇANHA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto pessoa?
Insatisfeita. Com a desigualdade, o preconceito, o
racismo. A liberdade ainda é uma palavra usada e pouco sentida entre mulheres e
minorias.
2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?
Não. Necessidade. Uma forma de externar as dores, os
medos, o que há de bom ou ruim dentro de mim.
3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade
ou o cuidado linguístico?
O cuidado torna a escrita visivelmente bela aos
olhos. A espontaneidade vem com o domínio do conhecimento e sentimentos.
4 - Em que género literário se sente mais
confortável e porquê?
Gosto dos contos curtos em especial. Pequenos,
dizendo muito, sem cansaço e desperdício de horas.
5 - O que pretende transmitir com o que escreve?
A pretensão de exorcizar os males, meus, de outrem,
transmitindo entretenimento, causando risos, levando a pensar, refletir.
6 - Quais as suas referências literárias?
Sou leitora desde seis anos quando aprendi as
primeiras letras, na época não tínhamos livros, até os embrulhos das compras me
despertavam curiosidade. Li de tudo, dos grandes clássicos ingleses aos autores
meus conterrâneos, da poesia despertada por Drummond/Szymborska a Rosa Morena,
de Poe a Iraguacy Costa de Machado de
Assis a Raymundo Netto, de Flaubert a
Antonio Miranda.. Todos eles estão dentro de mim, muito embora não saiba, na
maioria das vezes, interpretá-los.
7 - O que acredita ser essencial na divulgação de
obras literárias?
Não tenho conhecimento sobre o assunto, mas acredito
que uma boa divulgação ajuda.
8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?
No inicio nem publicar pretendia, com os amigos
insistindo e dando força, iniciei em 2014 as publicações em obras coletivas.
Mostrar, expandir.
9 - Porque participa em trabalhos colectivos?
Ainda é muito difícil publicar, muito caro. A grande
maioria dos que se lançam no mercado é através de concursos e iniciativas
próprias.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem?
E como responderia?
Onde o mundo se perdeu? Quando deixamos de enxergar
a dor do outro.
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