sábado, 29 de agosto de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... SIMÃO ASCENÇÃO


Agradecemos ao autor SIMÃO ASCENÇÃO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Um todo em evolução composto por tudo aquilo que me desperta a curiosidade. Uma pessoa viciada em outras e as suas reacções/formas de pensar. Dou valor à minha singularidade e às perspectivas com que posso contribuir. Atrai-me o diferente e o pouco comum. Diria, um eclético muito curioso, mas triste com a falta geral de refinamento e cuidado com a nossa complexa e rica Língua Portuguesa.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

É o meu passatempo erudito. Como eclético assumido, misturo todos os meus interesses e crio novas perspectivas. E sim, em determinados momentos da minha vida, a escrita torna-se mais frequente e necessária.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Cuidado linguístico sempre! Por outro lado, a espontaneidade torna o escritor mais vulnerável, o que normalmente leva a uma escrita mais sentida e íntima, algo que aprecio muito. No meu caso, ambos coexistem com a mesma importância.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Tanto poesia como prosa, mas mais espontâneo na poesia. Desenvolveu-se naturalmente, dei por mim a assumir a poesia como veículo rápido de expressar o meu interior no papel. E dependendo do meu estado de espírito, assume qualquer tipo de temática.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

O objectivo é sempre que o leitor sinta exactamente o que eu senti quando escrevi, independentemente de ser frustração, tristeza, amor ou qualquer outro sentimento. Levar as pessoas a uma introspecção é algo que me dá imenso prazer e acredito ser fundamental para o crescimento cognitivo humano.

6 - Quais as suas referências literárias?

De entre muitas e variadas, exalto as obras de João Tordo e Filipa Martins, a meu ver, exemplos de bons escritores pós 25 de Abril. Mas na poesia, guardo com um carinho especial nomes como Jorge de Sena e Mário de Sá-Carneiro.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

A participação activa dos escritores na divulgação. Por exemplo, através das redes sociais. Não basta só doar o trabalho para o livro, há que anunciá-lo e expô-lo.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Paz interior. E não quero com isto dizer que estou em permanente caos, mas na real verdade, escrevo para mim e simplesmente partilho. Se neste percurso conseguir cativar mais alguém ou levar à reflexão, ainda melhor.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

É uma forma de partilha de conhecimentos que enriquece todas as partes envolvidas. Um dar e receber que se transforma num trabalho rico de louvor à Língua Portuguesa. É também uma forma de homenagem que presto ao meu país, assim como orgulho assumido em ser português.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Onde e como te imaginas daqui a 10 anos?
Espero estar feliz e com saúde, num lugar que possa chamar “meu”.

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