Agradecemos à autora ROSA LAPINHA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1
- Como se define enquanto pessoa?
Considero-me uma pessoa, livre,
independente, multifacetada, e que ama a vida acima de tudo.
2
- Escrever é uma necessidade ou um passatempo?
Passatempo definitivamente não é. Quanto a
uma necessidade não sei se será, sinto ser algo que quase não consigo
controlar, vem de um impulso, de uma vontade. Isto é, dá-me um certo prazer e
como tal só o faço, quando me apetece.
3
- O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado
linguístico?
Sem dúvida eu gosto de sentir a essência
das coisas e essa considero ser real espontânea. Porém, se o nosso suporte de
escrita é também através das palavras, convém saber usá-las correctamente, para
que no mínimo nos entendam
4
- Em que género literário se sente mais confortável e porquê?
Em todos desde que sirvam para explanar
aquilo que no momento sinto. Tal e qual como, quando tenho sede pego um copo de
água e bebo, e também quando tenho que me deitar assim que o sono vem. Então
quando a vontade de escrever vem é pegar no papel ou bater nas teclas e vai
saindo aquilo inopinadamente aparece.
5
- O que pretende transmitir com o que escreve?
Coisas que no momento me emocionam, me
enriquecem em termos de conhecimento, e que sinto dever partilhar com os
eventuais leitores. Pura e simplesmente detalhes da vida, comuns a todos nós,
mas por nós vividos e sentidos de diferentes formas.
6
- Quais as suas referências literárias?
Um dos livros que mais me fascinou, e
também o mais longo que li, foi o livro de Urântia. As teorias sobre o
universo, seus mundos paralelos e a especulação sobre a origem do mesmo me
encantam.
Quando criança suponho ter lido toda a
literatura infantil. Recordo que me marcou imenso, quando tinha os meus seis
anos de idade, um livro infantil de Odette de Saint-Maurice, era sobre ratos,
de tal forma me emocionou que nunca na vida tive medo de ratos.
Outro escritor que me cativou bastante foi
Honoré de Balzac, muito especialmente com o livro “La Peau de chagrin”.
Portugueses posso destacar “O Bobo” de Alexandre
Herculano, e também o facto de me ter apaixonado pela obra de Camões, quando o
estudei com doze anos de idade.
Bem, vou parar por aqui pois foram muitos
os autores que li, tanto portugueses como estrangeiros, que me encantaram.
Ainda assim não posso deixar de
referenciar a obra de Sebastião da Gama, talvez por me trazer à memória minhas
origens.
7
- O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?
Conhecer melhor o mundo que nos rodeia e a
vida nele pulsando. Toda a obra literária tem um autor que com ela se
identifica, independentemente de ser considerada boa ou má. Cabe a cada leitor
levar a leitura da obra até ao fim ou fechar logo o livro assim que o abre.
Precisamente porque todos somos diferentes e apreciamos coisas diversas.
8
- O que ambiciona alcançar no universo da escrita?
Muito simplesmente que, quem me escolha
como autora de um livro, fique satisfeita e interessada com aquilo que vou transmitindo.
9
- Porque participa em trabalhos colectivos?
Talvez pelo mesmo motivo que me faz saltar
para o meio da multidão depois de ter estado vários dias a escrever ou a ler ou
a fazer uma qualquer outra actividade solitária, e necessitar de ver gente estar
no meio das pessoas, ser como elas. Eu amo a vida e todos os seres vivos,
independentemente de serem bons ou maus.
Pois bem, para mim, é uma forma simples de
poder comungar com os demais autores, algo que afinal temos em comum, o gosto
pela escrita.
10
- Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Sabes ou fazes ideia se existem
extraterrestres?
E eu responderia: francamente não sei,
nunca os vi, mas acredito que possam existir. Pois é um cliché dizer e muito
bem, que o cego pelo simples facto de não ver, não pode afirmar que não existe
o sol.
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