sexta-feira, 28 de agosto de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... ANA ACTO


Agradecemos à autora ANA ACTO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Enquanto pessoa... enquanto mulher, mãe, filha, companheira...
Sempre fui uma sentimental, romântica, sonhadora, de olhos postos no céu, mas sempre com pés bem assentes na terra.
Tenho os braços sempre abertos, e o coração nas mãos.

2 - Escrever é uma necessidade ou passatempo?

Talvez ambas, embora tenha começado por ser uma necessidade de extravasar todo este excesso de emoções e pensamentos, acaba por ocupar os meus tempos livres além de me dar imenso prazer, ainda mais, ao sentir o feedback de quem me lê, funciona como uma terapia.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?
Ambas, embora me assuma como uma indisciplinada em regras.
Amo ler, e tudo que escrevo me sai espontâneo, sinto que por vezes na preocupação de obedecermos a determinadas estruturas se perde essa tal espontaneidade e um pouco do que se quer transmitir, e gosto de escrita livre, apenas soltar o que levamos dentro e é nesse género que me identifico e concebo escrever.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Como referi anteriormente sou uma completa indisciplinada, e não me sinto incluída num género específico.
Embora por vezes escreva poesia regrada, a maioria da minha obra é talvez, visto assim, prosa poética, como referi, solta.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

O que todos pretendemos creio, chegar aos corações, fazer com que as minhas palavras ganhem vida própria. Que determinada sensação ou situação que escreva seja lida e sentida como vivenciada. Ser veículo e portadora de sentires e vivências.

6 - Quais as suas referências literárias?

Sinceramente embora leia e conheça os grandes da literatura, não os uso como referências, embora a minha escrita seja muito sentimental e por vezes melancólica e me identificar um pouco com a Florbela Espanca.
Mas desde que comecei a escrever, (e me perdoem pois poderá soar estranho), contrariamente ao que é suposto, comecei a ler menos, senti receio, infundado talvez, de me deixar influenciar por alguma escrita ou por alguém, e queria descobrir quem realmente sou ou posso ser, sem qualquer tipo de influência.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Muita da divulgação passa nos dias de hoje e sobretudo na actual situação por meios virtuais, redes sociais.
Julgo ser neste momento o melhor meio. Nos grupos certos, com clareza e objectividade, a mensagem é transmitida.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Quando comecei este percurso as ambições eram as mesmas que hoje tenho, nenhumas...
Apenas escrevia e gostava de partilhar com quem me lia essa vertente minha. O que daí adveio foi longe de ser sonhado, mas aos poucos foram surgindo convites para integrar obras colectivas, programas de rádio, saraus, e o que começou quase por brincadeira foi ganhando proporções, inclusive o nascimento do meu primeiro livro de poesia "NUA". Por isso um passo de cada vez, saboreando e contemplando o que o caminho me traz.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

A primeira obra colectiva que integrei, foi o livro de poesia do centenário da junta de freguesia de Foz do Arelho e surgiu como convite, a partir daí ganhei o gosto de me juntar como coautora em diversos projectos, acho maravilhosas estas obras em conjunto na divulgação de autores, sobretudo de novos, e um meio para os menos "conhecidos" de darem a conhecer o seu trabalho e de o imortalizarem.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Talvez, que gosta mais neste mundo das letras? E a resposta é fácil, todas as amizades que ganhei, desde outros poetas a seguidores, a pessoas da comunicação social... Expandi o meu mundo, ganhei amigos maravilhosos que me incitam, inspiram e motivam a crescer e só por isso, tudo faz sentido.

1 comentário:

Toca a falar disso