quarta-feira, 19 de agosto de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... ROSA ACASSIA LUIZARI

Agradecemos à autora ROSA ACASSIA LUIZARI pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Uma mulher definida, feminina e singular. Desajustada pelas circunstâncias, porém saudável.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Fico com a primeira opção. Escrever é transpor as fronteiras do submundo do pensamento.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

É imprescindível lembrar das características do gênero e da intencionalidade do autor ou autora, mas a consciência de que nem só de espontaneidade se faz uma boa escrita deve prevalecer.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Em minha construção como leitora é o gênero narrativo e, dentro dele, a espécie narrativa denominada romance. A possibilidade de explorar todas as categorias da construção de uma narrativa, com análise sistemática dos livros, são desafiadoras para mim.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

A minha visão de mundo. Gosto de construir mapas de escrita onde figuram o eu e o outro, os dilemas que envolvem o corpo e a alma, o amor e a ausência dele, além de relatar minhas próprias (des)construções temáticas enquanto poeta e prosadora.

6 - Quais as suas referências literárias?

O alienista , de Machado de Assis; O peso do pássaro morto , de Aline Bei; Segredos , de Domenico Starnone; Um teto todo seu , de Virginia Woolf; Poesia completa de Álvaro de Campos , de Fernando Pessoa.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

Profissionais preparados para divulgá-las. Devem ter conhecimento na área editorial e do mercado de livros.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Penso que ambição é uma palavra um pouco forte para o momento. Acredito que a disciplina e o estudo intenso podem contribuir para o alcance de minhas metas.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Os trabalhos coletivos podem ser compreendidos como um espaço de demarcação de nosso território no mundo da escrita por meio da união das vozes femininas e masculinas, individuais e coletivas, evitando posturas excludentes. Em coletâneas e antologias, vemos o lugar e o não-lugar de cada autor e autora sendo (re)pensados e (des)construídos.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

As mesmas que me foram feitas nesta entrevista, daqui há uns anos. Eu teria mapeado um autor retrato literário no contexto social em que vivo e configuro o meu agora. Certamente, parte significativa das respostas não serão as mesmas. Eu não serei a mesma.

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