Agradecemos ao autor ROMEU SEVERIM pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define
enquanto pessoa?
Reservado,
frágil, exigente, persistente, criativo, ingénuo, bondoso, sensível, nostálgico
e emotivo.
2 - Escrever é
uma necessidade ou um passatempo?
Escrever começou como uma necessidade de desabafo,
um refúgio como se o caderno fosse alguém que estivesse ali para nos ouvir sem
criticar, como se as folhas incitassem a contar o que vai na alma, em que os
registos literários, cada um com o seu toque de amor, dor, revolta, liberdade
ou saudade formassem parte da compilação de um diário, uma obra que um dia
gostaria de publicar.
3 - O que é mais
importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?
Na minha opinião ambos são importantes, o ser espontâneo
para ser perceptível ou subliminar deve ser trabalhado, escrever obedece a um
conjunto de regras gramaticais que deverão ser respeitadas.
4 - Em que
género literário se sente mais confortável e porquê?
Poesia tem o seu charme sendo ela o meu género
literário de eleição! Já tentei escrever prosa mas não me sinto confortável.
5 - O que
pretende transmitir com o que escreve?
Muitas vezes a escrita está para mim como a tela
está para o pintor, que na sua obra
transmite todo o sentimento e alma … Pretendo mostrar ao leitor que
existe sempre o outro lado, aquele lado
que ninguém quer ver ou tenta ignorar. Por vezes um lado bonito, outras vezes
um lado mais triste com um futuro incerto mas que são vivências. Algumas
pessoais outras de alguém que encontramos na rua e captamos a sua imagética, em
alguns casos a personificação de situações.
6 - Quais as
suas referências literárias?
Tenho como grande referência maioritariamente poetas
nacionais: Cesário Verde, Sophia de Mello Breyner, Almeida Garrett, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Maria Teresa
Horta, Luis Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Manuel Alegre, Florbela Espanca… Aleksandr
Blok.
7 - O que
acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?
Há necessidade de dar a conhecer novas formas de expressão,
novas correntes influenciadas pelos clássicos da literatura universal, a
divulgação da nossa língua, da nossa pátria e toda uma cultura escrita e
“delineada” de forma particular por cada autor.
8 - O que
ambiciona alcançar no universo da escrita?
Gostava de passar num café ou num parque e ver
alguém a ler os meus poemas, a comentar sobre o que escrevo, ser referenciado
ao longo dos tempos, deixar a minha pegada literária. Mas com grandes nomes na
poesia não é fácil.
9 - Porque participa em
trabalhos colectivos?
Os
colectivos são interessantes não só para darmos a conhecer o nosso “portfólio”
literário como também ter a oportunidade de conhecer o “portfólio” dos outros
autores. É também um meio de divulgação das nossas obras.
10 - Qual a pergunta
que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Qual seria a sensação de ver a tua obra numa estante
de uma livraria, um poema num sketch televisivo ou numa galeria de arte
acompanhando uma exposição?
A resposta seria: Um objectivo cumprido, um sonho tornado
realidade!
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