sexta-feira, 14 de agosto de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... MARIA ESTRELA DO MAR


Agradecemos à autora MARIA ESTRELA DO MAR pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Sou muito emotiva, sensível ao sofrimento dos outros, atenta ao bem-estar dos que me rodeiam, humilde, introspetiva e, cada vez mais seletiva nas minhas relações.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Posso considerar que é mesmo uma necessidade. O ato de escrever começou por ser uma forma de expressar o meu mundo emocional, e, portanto, foi uma necessidade, e posso dizer que assim se mantém. Acaba por ser também um passatempo, mas sustenta-se na necessidade, enquanto exercício libertador. É uma catarse. Sendo eu profundamente sensível a escrita é algo natural enquanto manifestação das minhas emoções e sentimentos e dos estágios de vida.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Ambos. No entanto considero que a espontaneidade é o que rege na maior parte das vezes a escrita, pois nasce despretensiosamente, de forma impulsiva. Aliás, a escrita desempenha um papel importante na estimulação da espontaneidade, da criatividade, da flexibilidade. Enquanto escrevemos é quase uma conciliação connosco, é um momento que nem sequer cogitamos sobre o julgamento que os outros fazem acerca do que dizemos, pensamos ou sentimos. Essa harmonização só se consegue quando nos desinibimos. Mas, na minha ótica, o cuidado linguístico ocupa também um lugar relevante.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Lírico e narrativo, embora tenha vindo a dar mais espaço ao lírico contrariamente ao inicio, era mais num registo voltado para o conto, a crónica e o ensaio.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Emoções, sentimentos, reflexões.

6 - Quais as suas referências literárias?

Eça de Queiroz, Florbela Espanca, Natália Correia, José Saramago, Mário de Sá-Carneiro, Ary dos Santos, tudo almas que já partiram deste mundo.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

O marketing é essencial através, por exemplo, das redes sociais, os blogs; depois também as feiras e eventos literários. O contacto com outros escritores também pode facilitar de alguma forma.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Não considero uma ambição o que me tem guiado. Até agora a minha motivação tem sido o estar presente em antologias e coletâneas de uma forma muito tranquila e despretensiosa. As minhas participações têm sido felizes nesse aspeto, têm ido ao encontro do que procuro, e, através delas já conheci algumas pessoas encantadoras. Não procuro holofotes, nem palcos para ser venerada, não gosto e deixa-me desconfortável quando vejo algumas pessoas sedentas dessa “droga”. Mas equaciono a hipótese de gerar um “filho” só meu! Quando, não sei, mas a seu tempo acontecerá.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Representam uma boa oportunidade de divulgar as nossas produções e de experimentar o mundo literário, particularmente para quem pretende dar os primeiros passos acho que é um “estágio” extraordinário pelo qual se deve passar. Permitem também conhecer outros escritores, partilhar ideias, experiências e colher ensinamentos, como também conhecer editoras e perceber a dinâmica delas.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Não sei.

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