Agradecemos ao autor LUÍS FERNANDES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto pessoa?
Suspeito sou, porém, diria que seria das
pessoas com melhor coração a entrar na vida de alguém. Fiel amigo, altruísta,
dou tudo por quem merece, relegando, muitas vezes, a minha vida para segundo
plano em prol do outro. Mente criativa, com vontade de aprender e ensinar a
cada segundo. Guerreiro e lutador, para trás ficaram mágoas, privações,
decepções, a cada queda consigo reinventar-me. Um sonhador, brincalhão,
"fora da caixa", romântico, ambicioso jovem, ávido de mudar o mundo.
Apaixonado pelas artes, desporto e fotografia. Nem tudo são rosas, também tenho
defeitos, desde a teimosia, perfeccionismo excessivo, ideias e ideais fixos,
desconfiado, stressado e apressado por natureza. Este sou, uns amam, outros nem
tanto...
2 - Escrever é uma necessidade ou um
passatempo?
Preencher uma folha em branco é uma
necessidade urgente de deitar para fora aquilo que não é possível transmitir
verbalmente.
3 - O que é mais importante na escrita, a
espontaneidade ou o cuidado linguístico?
O processo criativo não deverá ser
hipotecado por regras linguísticas e normas bacocas que não deixam fluir a
originalidade. Cuidado linguístico é um campo sério, destinado a áreas como a
educação, justiça, política, etc. Os autores expressam-se da forma que melhor
sabem, não são robôs, dicionários, teclados pré-formatados. Escritor é o povo.
4 - Em que género literário se sente mais
confortável e porquê?
Escrevo nos mais diversos estilos
literários, contudo a poesia cativou-me, especialmente, ela é ritmo, luz,
sonoridade, rima sobre rima, versos de alerta, amor, natureza, crítica voraz à
sociedade. Pura magia, a poesia pode ser tudo, chegar a todo lado e a todos,
dela nascem as outras vertentes, influenciando pintura, escultura, etc.
5 - O que pretende transmitir com o que
escreve?
Meus escritos têm na génese várias missões.
Primeiramente, equiparar o valor da literatura às outras variantes artísticas.
Seguidamente, atrair juventude para a poesia, particularmente, e restantes
artes. Por fim, colocar no mapa cultural nacional as minhas terras (Crucifixo,
Tramagal, Abrantes) e para isso em cada linha deposito toda a sabedoria,
esperança, genialidade, inquietude, revolta... No fundo transmito o que sou e
aquilo que vejo.
6 - Quais as suas referências literárias?
O meu percurso literário é único, contudo
são múltiplas as referências às quais apelido por "pais". Camões,
Pessoa, Botto, Cesário Verde e Manuel Alegre destacam - se neste lote. Por
outro lado, os autores/amigos com os quais contacto, diariamente, no meu grupo,
"Aldeia dos artistas lusos", têm cota parte de influência...
7 - O que acredita ser essencial na
divulgação de obras literárias?
Mais que qualquer plataforma digital,
jornal, meio televisivo, canal de rádio, o preponderante é a qualidade da obra.
Se um livro apresentar características diferenciadoras o leitor/apreciador
será, inegavelmente, o melhor veículo divulgador.
8 - O que ambiciona alcançar no universo
da escrita?
Tenho a ambição de ficar na história, ser
recordado por gerações e gerações, ver as minhas criações estudadas nas escolas
e no dia da minha partida em nota de abertura televisiva "faleceu o homem
do povo, das palavras que tornou a sociedade num lugar justo, igualitário,
seguro", repousando, finalmente, um corpo de lutas num qualquer Panteão
Nacional lado a lado com os grandes...
9 - Porque participa em trabalhos colectivos?
As coletâneas serão um legado riquíssimo
para aqueles que estudarem a história deste presente século. Participar num
trabalho coletivo é estar entre os melhores, valorizar a língua lusa, a
lusofonia, cultivar o sistema de "juntos somos mais fortes" num mundo
literário dividido. Grato fico aos heróis e mentores responsáveis por estes
movimentos culturais.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
Como foi o teu dia?
Se encontrar tal questão num chat, caixa
de mensagens ou à mesa serei o homem mais realizado do mundo...
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