segunda-feira, 6 de julho de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... LÍDIA GARCIA PRAÇA


Agradecemos à autora LÍDIA GARCIA PRAÇA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Considerando que a vida é luta e não fuga, defino-me como uma lutadora, humanista relativamente aos direitos naturais e universais dos homens e ativista de causas sociais, em particular na luta conta a violência doméstica e na defesa do estatuto de vítimas para as crianças em contextos de violência.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Nunca escrevi em contextos de passatempo ou de entretimento. Tudo o que escrevo tem uma motivação de partilha de conhecimento e de experiências. É, sobretudo, uma necessidade de criar e constituir registos de hoje para as gerações futuras.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

São ambos parâmetros igualmente importantes. Como referi atrás eu não escrevo por passatempo e, nesse sentido, o cuidado linguístico exige e merece respeito.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

O género literário épico ou narrativo é, sem dúvida, o meu género de eleição, concretamente nas modalidades da crônicas e do romance. Acredito que esta minha empatia tenha a ver com o facto de ser jurista e estar familiarizada com a narrativa de factos, sempre contextualizados num determinado espaço e tempo.
Mais recentemente, tenho feito algumas incursões no género lírico, na prosa poética, e tem sido muito estimulante o encontro com a expressão de sentimentos e emoções, conjugando esse quadro com a musicalidade nas palavras.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

A mensagem que eu pretendo transmitir é, umas vezes, objetiva e narrativa da realidade social contemporânea e, outras vezes, são sentimentos e emoções de realidades percepcionadas.

6 - Quais as suas referências literárias?

Filósofos da Antiguidade Clássica (gregos) e Miguel Torga.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

A proteção dos direitos de autor e, ainda, que a divulgação seja apta, em termos de ferramentas, a atingir o maior número possível de leitores.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Almejo uma espécie de eternidade. Os homens e as mulheres não são nem jamais conseguirão ser imortais, contudo, através das suas obras podem ambicionar a eternização das suas vidas.

9 - Porque participa em trabalhos coletivos?

Pela oportunidade de criar conexões e fazer pontes que, de outra forma, seriam impossíveis de construir ou, pelo menos, difíceis de alcançar.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Alguma vez deixará de procurar o conhecimento e a felicidade?
Não, nunca. Essa é a minha demanda. A vida deve ser encarada como uma espiral, uma ascese na busca da perfeição intelectual e emocional. O conhecimento e a sabedoria são as chaves desse grande mistério da vida, que é a felicidade.

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