Agradecemos à autora LÍDIA GARCIA PRAÇA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto pessoa?
Considerando que a vida é luta e
não fuga, defino-me como uma lutadora, humanista relativamente aos direitos
naturais e universais dos homens e ativista de causas sociais, em particular na
luta conta a violência doméstica e na defesa do estatuto de vítimas para as
crianças em contextos de violência.
2 - Escrever é uma necessidade ou um
passatempo?
Nunca escrevi em
contextos de passatempo ou de entretimento. Tudo o que escrevo tem uma motivação
de partilha de conhecimento e de experiências. É, sobretudo, uma necessidade de
criar e constituir registos de hoje para as gerações futuras.
3 - O que é mais importante na escrita,
a espontaneidade ou o cuidado linguístico?
São ambos
parâmetros igualmente importantes. Como referi atrás eu não escrevo por
passatempo e, nesse sentido, o cuidado linguístico exige e merece respeito.
4 - Em que género literário se sente
mais confortável e porquê?
O género
literário épico ou narrativo é, sem dúvida, o meu género de eleição,
concretamente nas modalidades da crônicas e do romance. Acredito que esta minha
empatia tenha a ver com o facto de ser jurista e estar familiarizada com a
narrativa de factos, sempre contextualizados num determinado espaço e tempo.
Mais recentemente,
tenho feito algumas incursões no género lírico, na prosa poética, e tem sido muito
estimulante o encontro com a expressão de sentimentos e emoções, conjugando
esse quadro com a musicalidade nas palavras.
5 - O que pretende transmitir com o que
escreve?
A mensagem que
eu pretendo transmitir é, umas vezes, objetiva e narrativa da realidade social
contemporânea e, outras vezes, são sentimentos e emoções de realidades
percepcionadas.
6 - Quais as suas referências literárias?
Filósofos da Antiguidade Clássica
(gregos) e Miguel Torga.
7 - O que acredita ser essencial na
divulgação de obras literárias?
A proteção dos
direitos de autor e, ainda, que a divulgação seja apta, em termos de
ferramentas, a atingir o maior número possível de leitores.
8 - O que ambiciona alcançar no universo
da escrita?
Almejo uma espécie de eternidade.
Os homens e as mulheres não são nem jamais conseguirão ser imortais, contudo,
através das suas obras podem ambicionar a eternização das suas vidas.
9 - Porque participa em trabalhos coletivos?
Pela oportunidade de criar conexões
e fazer pontes que, de outra forma, seriam impossíveis de construir ou, pelo
menos, difíceis de alcançar.
10 - Qual a pergunta que gostaria que
lhe fizessem? E como responderia?
Alguma vez
deixará de procurar o conhecimento e a felicidade?
Não, nunca. Essa
é a minha demanda. A vida deve ser encarada como uma espiral, uma ascese na
busca da perfeição intelectual e emocional. O conhecimento e a sabedoria são as
chaves desse grande mistério da vida, que é a felicidade.
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