sexta-feira, 17 de julho de 2020

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS A... CELSO CORDEIRO


Agradecemos ao autor CELSO CORDEIRO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto pessoa?

Considero-me uma pessoa calma e tranquila no meu dia-a-dia procurando sempre manter o respeito pelos meus valores e por mim próprio num equilíbrio salutar com os valores dos outros.

2 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever é para mim sem dúvida uma necessidade e ao mesmo tempo um prazer, que todavia procuro não vulgarizar ou tão pouco transformar em rotina, reservando-me a profundidade emocional e/ou de pensamento esses breves momentos.

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Para mim ambas são exigência absoluta e inalienável, se em momento nenhum eu posso abdicar da espontaneidade e autenticidade da linha de pensamento que me leva a escrever, também em momento algum me posso permitir ser menos atento e menos rigoroso na utilização da língua.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Sem dúvida que a minha zona de conforto invariavelmente passa pela expressão poética, tão só porque desde muito tenra idade encontrei essa zona de conforto e não tenho qualquer apetência para explorar outros caminhos por ora.

5 - O que pretende transmitir com o que escreve?

Pensamentos e reflexões, mas também emoções íntimas ou não, mas que pela sua relevância me apetece registar como um legado que possa eventualmente vir um dia a partilhar.

6 - Quais as suas referências literárias?

Seria de todo desajustado procurar encontrar referências para a minha escrita quando de facto não as tenho tal como não tenho pretensões e procuro mesmo manter a minha individualidade nos textos que escrevo sem qualquer tentativa mesmo que     muito discreta de seguir referências. Autores que me inspiraram a dar os primeiros passos na expressão poética tive sem dúvida, enquanto descoberta da própria poesia mas não como referências, e aí terei que referir António Nobre e Florbela Espanca.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras literárias?

A divulgação em si, em toda a extensão da palavra e quaisquer que sejam os meios que permitam a difusão das obras porque só assim estas cumprem o seu destino, chegar a quem lê!
Seria óptimo se para além dos produtores e autores das obras também o tecido empresarial editorial se mostrasse empenhado em divulgar a escrita de forma séria para além de divulgar apenas autores consagrados porque essa é a lógica do lucro imediato.

8 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Sem dúvida chegar ao máximo de leitores possível para que a obra faça sentido mas também acreditar que isso acontece simultaneamente com um crescimento sustentado de qualidade literária do meu trabalho, aprendendo e evoluindo sempre.

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Não respondo de forma massiva a convites para participar em trabalhos colectivos, e muitos são por mim ignorados de forma consciente, porque procuro apenas estar presente naqueles que se inserem em projectos que me fazem acreditar que o seu objectivo vai para além da apetência do negócio fácil.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Gosto de ser surpreendido pelo livre arbítrio das perguntas espontâneas de leitores porque é esse livre arbítrio que me conduz também à espontaneidade e autenticidade na resposta, até porque sou um péssimo actor de teatro.

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