Agradecemos à autora ISABEL FURINI pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?
Um momento difícil para a humanidade. Na pandemia
podemos observar atos de amor e de coragem, mas também atos mesquinhos.
2 - Enquanto autora, esse momento afetou o seu
processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou mais inspirada?
A quarentena permite que o ser humano fique sozinho
com seus pensamentos, com suas emoções, com suas lembranças. Desde o primeiro
momento da quarentena tentei conduzir minha mente pelo caminho da criatividade.
Todos os dias escrevo poemas. Levanto cedo e começo a escrever. Esse hábito me
ajuda a manter o pensamento focado. Escrever é uma atividade saudável, porque
ajuda a conviver harmoniosamente com os fantasmas do passado que povoam nosso imaginário.
3 - Quando isso passar, qual a lição que ficou?
O isolamento social nos permite entrar em contato com
nosso ser interior. Talvez a lição mais importante seja desenvolver o hábito
de observar a própria mente.
4 - Os movimentos de integração da mulher influenciam
no seu cotidiano?
Sem dúvida, às vezes de maneira direta; outras, de
maneira indireta.
5 - Como você faz para divulgar os seus escritos ou a
sua obra? Percebe retorno nas suas ações?
Divulgo nas redes sociais, em jornais e revistas virtuais,
em blogues e sites. Sempre tem algum leitor carinhoso que entra em contato para
fazer algum comentário, para elogiar, ou para compartilhar seus pensamentos.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo
da escrita para a mulher?
São pontos positivos para a mulher: receber o apoio de
outras escritoras, perceber que o seu trabalho é valorizado, colaborar com o
seu grão de areia para que a literatura feminina seja divulgada. Um ponto
negativo é a fofoca maldosa que, algumas vezes, contamina pessoas e grupos.
7 - O que pretende alcançar enquanto autora? Cite um
projeto a curto prazo e um a longo prazo.
Quero publicar um livro de poemas com o tema “amor”.
Os assuntos de meus livros são mais filosóficos, esse seria o primeiro livro
dedicado ao amor. A longo prazo espero publicar meus poemas em outros idiomas,
além do português e do espanhol.
8 - Quais os temas que gostaria que fossem discutidos
nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?
Muitas poetisas precisam aprimorar seus trabalhos, mas
não tem ferramentas. Não é incomum ver que algumas participar de grupos que
aplaudem aquela poetisa que tem a personalidade mais carismática. Mas, declamar
bem um poema e escrever um poema notável, são coisas diferentes. Seria
interessante discutir a construção do poema.
9 - Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou
influencia na escrita.
Sinto-me identificada com o livro “Mascarilla y
trébol” (Mácara e trevo), da autora argentina Alfonsina Storni.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
Na minha opinião a pergunta mais importante é: Como a
humanidade poderia encontrar a paz mundial? Essa pergunta foi respondida há
muito tempo: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. A resposta é simples, mas
muito difícil de vivenciar.
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