Agradecemos à autora FATINHA DO BARREIRO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 -
Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?
Encarei-a
como uma revolta da natureza, como se o planeta Terra nos dissesse: “não
aguento mais, façam uma pausa por favor.”
2 -
Enquanto autora, esse momento afetou o seu processo produtivo? Em tempos
de quarentena, está menos ou mais inspirada?
Acho
que estou menos inspirada, apesar de ter mais tempo, tenho menos ideias.
Aproveito para dedicar mais tempo à família.
3 -
Quando isso passar, qual a lição que ficou?
Que
somos pequenos e frágeis, o mais importante é a família e a saúde. Que o ser
humano é o maior destruidor do planeta, preocupa-me que um grande número de
pessoas não mude os seus hábitos e atitudes
4 -
Os movimentos de integração da mulher influenciam no seu cotidiano?
Claro
que sim! Há vinte anos atrás não tinha coragem nem para falar as minhas
próprias opiniões. Hoje sou muito mais “eu”.
5 -
Como você faz para divulgar os seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas
suas ações?
Tenho
divulgado na rede social facebook, a In-Finita Lisboa também tem ajudado muito
a publicar em vários grupos.
6 -
Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita para a mulher?
É
muito bom podermos expor as nossas ideias sonhos e fantasias…
O
lado negativo vai existir ao lidar com as críticas que podem ser construtivas
ou não, temos que aceitar que há sempre quem critique, em qualquer que seja a
profissão que escolhemos.
7 - O
que pretende alcançar enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo
prazo.
Gostaria
de publicar novos livros, queria no futuro abraçar outros horizontes que me
permitissem deixar de ser cozinheira, uma profissão muito desgastante que
exerço há 30 anos.
8 -
Quais os temas que gostaria que fossem discutidos nos Encontros Mulherio
das Letras em Portugal?
A
violência doméstica e também alertar a sociedade para o perigo da violência
psicológica, que não deixa marcas visíveis e afeta muito mais do que se pode
imaginar!
9 -
Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou influencia na escrita.
Não
tenho um autor favorito, gosto de Florbela Espanca, António Aleixo, Miguel
Torga, Jorge Amado e, nesta quarentena, estou a aproveitar para ler um dos
livros que fazem parte de uma colecção que tenho há muitos anos à espera de ser
lida e recomendo: “VIAGENS NA MINHA TERRA: ROMANCEIRO” de Almeida Garrett.
10 -
Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
”Que
conselho daria a uma vítima de violência?” Viver a vida sem pensar na opinião
dos outros. Por vezes, não fazemos isto ou aquilo com medo do que os outros vão
dizer. Faça tudo pela felicidade, só não vale desistir dela!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso