quinta-feira, 28 de maio de 2020

DEZ PERGUNTAS MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL - AILA MAGALHÃES


Agradecemos à autora AILA MAGALHÃES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?

Uma tragédia. Uma oportunidade.
Muitas vezes, é nos momentos mais difíceis que são percebidas as invisibilidades e descobertas as melhores soluções,

2 - Enquanto autora, esse momento afetou o seu  processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou mais inspirada?

Menos inspirada, porém mais disciplinada.

3 - Quando isso passar, qual a lição que ficou?

A importância do afeto, da presença humana, do valor secundário de bens materiais.

4 - Os movimentos de integração da mulher influenciam no seu cotidiano?

Sempre.

5 - Como você faz para divulgar os seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas suas ações?

Divulgo pouco... Redes sociais, basicamente. Não sou boa nesse campo.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita para a mulher?

Os negativos estão inseridos nas questões de sempre: barreiras impostas às mulheres, tanto pessoal quanto coletivamente (preconceitos, infelizmente ainda os há, jornadas duplas ou triplas, credibilidade, reconhecimento). A coragem de expor questões guardadas a sete chaves, incentivando outras tantas a também fazê-lo.

7 - O que pretende alcançar enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.

Pretendo escrever algo do qual me orgulhe profundamente. Gosto de muito do que escrevo, mas ainda não cheguei “lá”. A curto prazo, concluir um romance já iniciado. A longo prazo, investir em artes visuais, que também amo.

8 - Quais os temas que gostaria que fossem discutidos nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?

Devo me aposentar este ano e daqui a poucos anos me tornarei “sex”... rs. Gostaria de uma discussão acerca do envelhecimento feminino e a relação deste aspecto com a criação.

9 - Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou influencia na escrita.

Difícil... Pode ser duas? Hilda Hilst  me inspira... um misto de admiração e inveja, por motivos óbvios... rs  e Ana Cristina Cesar.
O livro talvez cause estranheza. Não que influencie diretamente a minha escrita, mas foi reflexo do que fui (e em parte ainda sou) em uma fase importante de minha vida.: Zen e a Arte de Manutenção de Motocicletas, de Robert Pirsig.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

O que encanta e assusta? O ser humano.

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