Agradecemos à autora AILA MAGALHÃES pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Qual a sua percepção para essa
pandemia mundial?
Uma tragédia. Uma oportunidade.
Muitas vezes, é nos momentos mais
difíceis que são percebidas as invisibilidades e descobertas as melhores
soluções,
2 - Enquanto autora, esse momento afetou
o seu processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou mais
inspirada?
Menos inspirada, porém mais
disciplinada.
3 - Quando isso passar, qual a
lição que ficou?
A importância do afeto, da presença
humana, do valor secundário de bens materiais.
4 - Os movimentos de integração da
mulher influenciam no seu cotidiano?
Sempre.
5 - Como você faz para divulgar os
seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas suas ações?
Divulgo pouco... Redes sociais,
basicamente. Não sou boa nesse campo.
6 - Quais os pontos positivos e
negativos do universo da escrita para a mulher?
Os negativos estão inseridos nas
questões de sempre: barreiras impostas às mulheres, tanto pessoal quanto
coletivamente (preconceitos, infelizmente ainda os há, jornadas duplas ou
triplas, credibilidade, reconhecimento). A coragem de expor questões guardadas
a sete chaves, incentivando outras tantas a também fazê-lo.
7 - O que pretende alcançar
enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.
Pretendo escrever algo do qual me
orgulhe profundamente. Gosto de muito do que escrevo, mas ainda não cheguei
“lá”. A curto prazo, concluir um romance já iniciado. A longo prazo, investir
em artes visuais, que também amo.
8 - Quais os temas que gostaria que
fossem discutidos nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?
Devo me aposentar este ano e daqui
a poucos anos me tornarei “sex”... rs. Gostaria de uma discussão acerca do
envelhecimento feminino e a relação deste aspecto com a criação.
9 - Sugira uma autora e um livro
que lhe inspira ou influencia na escrita.
Difícil... Pode ser duas? Hilda
Hilst me inspira... um misto de admiração e inveja, por motivos
óbvios... rs e Ana Cristina Cesar.
O livro talvez cause estranheza.
Não que influencie diretamente a minha escrita, mas foi reflexo do que fui (e
em parte ainda sou) em uma fase importante de minha vida.: Zen e a Arte de
Manutenção de Motocicletas, de Robert Pirsig.
10 - Qual a pergunta que gostaria
que lhe fizessem? E como responderia?
O que encanta e assusta? O ser
humano.
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