segunda-feira, 25 de maio de 2020

DEZ PERGUNTAS MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL - JOEMA CARVALHO


Agradecemos à autora JOEMA CARVALHO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?

Inconsequência ambiental em decorrência de uma infantilidade espiritual, mental e emocional humana. Parece que mesmo sabendo o que deve ser feito, a humanidade ainda teima em fazer errado. O que estamos vivendo é consequência

2 - Enquanto autora, esse momento afetou o seu processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou mais inspirada?

A pandemia está contribuindo com a minha produção literária. Tenho participado de projetos literários, de sarais literários virtuais e escrevendo muito.

3 - Quando isso passar, qual a lição que ficou?

Sinto muito pela oportunidade que a humanidade está perdendo.

4 - Os movimentos de integração da mulher influenciam no seu cotidiano?

Considero-me uma mulher integrada, não me sinto limitada por ser mulher.

5 - Como você faz para divulgar os seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas suas ações?

Eu não tenho preocupação em divulgar minha obra. Participo de projetos, saraus, coletâneas visando o movimento. O que aparece e acho interessante, participo. Uma amiga disse que não é bom quando se tem uma determinada produção que fica parada... concordei com ela. Isto motivou-me a entrar em movimento. Estou tendo retorno sim, muito além do que esperava... não esperava nada do que escrevo (!!!)... logo, é fácil ter retorno!!!

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita para a mulher?

De um modo geral e ao longo da história, se a mulher não se movimenta, ninguém lembra que ela existe. Existem trabalhos belíssimos realizados por mulheres e por homens, assim como o contrário.

7 - O que pretende alcançar enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.

Curto: como sou formada em engenharia florestal, estou unindo a literatura com a questão ambiental. Tenho um projeto grande, já contemplado pela Lei Rouanet e com empresa interessada, mas a Secretaria de Cultura ainda não autorizou a captação. Escrevi 10 histórias infanto-juvenis que ocorrem nos biomas e ecossistemas do Brasil, é literatura, mas tem conceitos técnicos diluídos nas histórias. Espero iniciar este projeto ainda neste ano. Foram mais de dez anos trabalhando neste projeto.
Longo prazo: Realizar um projeto literário, também com a pegada ambiental, vinculado a viagens por biomas e ecossistemas.

8 - Quais os temas que gostaria que fossem discutidos nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?

Ecopoesia / Ecocrítica. Faço parte de um grupo que estuda a Ecopoesia / Ecocrítica, parceria entre a UFPR.

9 - Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou influencia na escrita.

São muitas... não tenho uma autora em específico... não consigo responder...
Minhas autoras guias são: Clarice Lispector, Isabel Aliende, Clarice Pinkola Estés, Marguerite Duras, Emily Bronte, Marina Colassanti...

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

O que é diferente no que você escreve?
Eu escrevo poemas ambientais desde pequena, desde antes de saber escrever, quando meus pais escreviam os meus poemas. Além disto, a partir do momento que entrei em contato com termos técnicos, comecei a escrever poemas com este vocabulário, no caso, no ensino médio. Adoro os termos técnicos, tanto de exatas como de biologia. Meus poemas acabam sendo esta mistura e não é intencional, acontece. A engenharia florestal é importante neste sentido.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Toca a falar disso