Agradecemos à autora JOEMA CARVALHO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1
- Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?
Inconsequência
ambiental em decorrência de uma infantilidade espiritual, mental e emocional
humana. Parece que mesmo sabendo o que deve ser feito, a humanidade ainda teima
em fazer errado. O que estamos vivendo é consequência
2
- Enquanto autora, esse momento afetou o seu processo produtivo? Em tempos de
quarentena, está menos ou mais inspirada?
A
pandemia está contribuindo com a minha produção literária. Tenho participado de
projetos literários, de sarais literários virtuais e escrevendo muito.
3
- Quando isso passar, qual a lição que ficou?
Sinto
muito pela oportunidade que a humanidade está perdendo.
4
- Os movimentos de integração da mulher influenciam no seu cotidiano?
Considero-me
uma mulher integrada, não me sinto limitada por ser mulher.
5
- Como você faz para divulgar os seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno
nas suas ações?
Eu
não tenho preocupação em divulgar minha obra. Participo de projetos, saraus,
coletâneas visando o movimento. O que aparece e acho interessante, participo.
Uma amiga disse que não é bom quando se tem uma determinada produção que fica
parada... concordei com ela. Isto motivou-me a entrar em movimento. Estou tendo
retorno sim, muito além do que esperava... não esperava nada do que escrevo
(!!!)... logo, é fácil ter retorno!!!
6
- Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita para a mulher?
De
um modo geral e ao longo da história, se a mulher não se movimenta, ninguém
lembra que ela existe. Existem trabalhos belíssimos realizados por mulheres e
por homens, assim como o contrário.
7
- O que pretende alcançar enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a
longo prazo.
Curto:
como sou formada em engenharia florestal, estou unindo a literatura com a
questão ambiental. Tenho um projeto grande, já contemplado pela Lei Rouanet e
com empresa interessada, mas a Secretaria de Cultura ainda não autorizou a
captação. Escrevi 10 histórias infanto-juvenis que ocorrem nos biomas e
ecossistemas do Brasil, é literatura, mas tem conceitos técnicos diluídos nas
histórias. Espero iniciar este projeto ainda neste ano. Foram mais de dez anos
trabalhando neste projeto.
Longo
prazo: Realizar um projeto literário, também com a pegada ambiental, vinculado
a viagens por biomas e ecossistemas.
8
- Quais os temas que gostaria que fossem discutidos nos Encontros Mulherio
das Letras em Portugal?
Ecopoesia
/ Ecocrítica. Faço parte de um grupo que estuda a Ecopoesia / Ecocrítica,
parceria entre a UFPR.
9
- Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou influencia na escrita.
São
muitas... não tenho uma autora em específico... não consigo responder...
Minhas
autoras guias são: Clarice Lispector, Isabel Aliende, Clarice Pinkola Estés,
Marguerite Duras, Emily Bronte, Marina Colassanti...
10
- Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
O
que é diferente no que você escreve?
Eu
escrevo poemas ambientais desde pequena, desde antes de saber escrever, quando
meus pais escreviam os meus poemas. Além disto, a partir do momento que entrei
em contato com termos técnicos, comecei a escrever poemas com este vocabulário,
no caso, no ensino médio. Adoro os termos técnicos, tanto de exatas como de
biologia. Meus poemas acabam sendo esta mistura e não é intencional, acontece.
A engenharia florestal é importante neste sentido.
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