sábado, 25 de abril de 2020

Em tempos de quarentena - GERTRUDES FERNANDES



Hoje estou só
Amanhã estarei só
Quantos mais dias são precisos?
Abraço e beijo negado...
Rastejando no labirinto só
A réstia de amor apagado
A dualidade tão somente se desfaz...
Dando lugar á alma submersa na escuridão, tão só...
Revejo as lágrimas contidas
só hoje... estou só.
Invento escadas de ternura
para substituir as escadas de solidão.
Aperto a noite fria
aninhada junto ao coração.
Limpo as lágrimas à saudade... e prossigo só.

Gertrudes Fernandes

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