LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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E será esta a definição de insanidade? Será esta a hora em que se deslaçam os cordões do colete de forças quase costurado por nós mesmos, em todos os anos que a vida nos prometeu serem de liberdade?
De que adianta esta viagem sem cumprir os destinos do desejo? O que mais fazemos nesta terra do que não seguir padrões e vestir imagens hipócritas que pareçam bem à sociedade?
Não estamos senão mortos sem ter havido funeral, em todos os dias, meses e anos que reprimimos a vontade de enlouquecer e gritar em uníssono todos os desejos escondidos, nos cantos secretos de nós. Vamos sendo cada vez menos nós, inertes, máquinas.
E se a cumplicidade demente, subitamente, respirasse ofegante por aí com o nosso nome? Se o estado constante de subir paredes desfuncionasse a monotonia e implodisse constantemente em chama ardente? E se a tesão da mente escorresse no corpo enquanto a alma cerrava todas as grades de aço ao redor de uma existência seca de emoção, haveria coragem?
O impensável existe, seja onde for. Ele vive e respira preso ao colete e internado num relógio onde os ponteiros apenas passam pelos minutos. Anda por aí, perdido nos caminhos, mas certo da minha morada que lhe pertence como jamais a alguém pertenceu.
Somos monumentos estáticos de hipocrisia, mentiras, veias entupidas de tanto reprimir a verdade, cínicos automatizados em estereótipos sem coragem de assumir a realidade, e muitos de nós nascem, crescem e morrem sem sair da cápsula desse tempo emprestado e veloz, mas que um dia acaba.
EM - ALMA-TE - SÓNIA CORREIA - IN-FINITA
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