domingo, 6 de outubro de 2019

A POESIA - ERNESTO FERREIRA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Conforme dissemos, os fenómenos atmosféricos e outros menos usuais caíam em catadupa sobre a mente do Miguel.
Porém, o acontecimento mais determinante e estranho surge de seguida. Saída não sabe Miguel donde, aparece uma figura de rara beleza, que pedia meças a qualquer Helena troiense ou egípcia
Cleópatra que assim se apresenta:
– Miguel, não te assustes! Chamo-me Poesia e estou aqui para te agradecer teres tido a coragem de passar além do nevoeiro, desafiando o desconhecido. Bem hajas por isso, e gostaria de te desafiar
a uma tarefa sublime a que só têm acesso os Homens de Coragem, para quem a Verdade é incompatível com o Egoísmo.
Estás numa aldeia com um passado nem sempre fasto e conseguido e que tu podes tornar verdadeiramente Feliz. Meu Pai chamado Universo tem o dom de permitir a Felicidade e Harmonia, mas também o Poder de querer ou não, evitar a desgraça. Pois meu pai encarregou-me de te transmitir o desafio que tu podes aceitar ou não. Terás a Liberdade de escolher e no caso afirmativo terás acesso a testemunhos e documentos que te ajudarão a levar a tarefa a
bom termo, o que significa que, a partir do momento de aceitação, o Povo desta aldeia viverá uma Felicidade incomum, pese embora, com parcos recursos financeiros.
Pois o desafio será a tarefa de demarcar todo o limite da aldeia baseado, como te disse, em testemunhos e documentos que investigarás livremente.
Iniciada a demarcação, percorrerás toda a linha indicativa e determinativa sendo que o ponto final dessa linha será exactamente o ponto de início.
Tens todo o tempo para o fazer e conhecer a aldeia e seus habitantes, e com eles gozar a felicidade que só a Verdade permite.
Felicidade que está em tudo que se semeia e em tudo que se colhe.
Se falhares, a aldeia cairá numa depressão e infelicidade até que meu pai Universo aceite outro personagem a quem será colocado o mesmo desafio.
– Entendeste Miguel? Aceitas o desafio?
– Entendi Poesia, mas só posso aceitar se tiver a tua ajuda.
– Sim Miguel, vejo que percebeste lindamente, pois sabes que só comigo podes dar a Felicidade a um Povo.
– Poesia, sou eu agora a fazer-te o desafio. Aceitas?
– Claro. Sempre que precisares, eu aparecerei para que me transmitas o fundo do teu coração. Verás como te sentes feliz com a interacção com o meio rural, em todas as suas vertentes. Mas primeiro vou identificar-te com o meio em que vais viver.
Começa aqui a tarefa. Miguel e Poesia trocam um grande abraço.
Poesia desaparece como por encanto deixando Miguel entregue a si próprio, sem que essa situação o afecte negativamente.
Amanhã será o dia 1 do trabalho. Acrescente-se que a partir daqui, os dias e as noites não tem sequência: são apenas um Tempo.

EM - MIGUEL, NO EXTREMO DA ESTREMA - ERNESTO FERREIRA - IN-FINITA

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