sexta-feira, 24 de maio de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... MARIA TERESA MOREIRA


Agradecemos à autora MARIA TERESA MOREIRA pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Escrever, para mim, é uma necessidade. Por algumas razões: escrever é a maneira através da qual eu melhor reflito sobre a vida, sobre mim, sobre o mundo; escrevendo, mantenho minha sanidade; finalmente, e especialmente, tenho uma necessidade visceral de “transbordar-me”, de expressar o que sinto - o que é meu mas também tão nosso, enquanto seres humanos! - e partilhar! Não consigo apenas “ser para mim”, e o ato de escrever me coloca em comunhão com toda a Humanidade!

2 - Em que género literário se sente mais confortável?

Hoje, sinto-me quase que impelida a escrever Poesia. Acredito que esse fato está intimamente ligado com o momento que vivo. Pois então, mergulho neste presente que me está sendo dado, produzo bastante, porém com muita simplicidade e transparência de coração.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

Eu diria que ambos. Raramente é apenas inspiração. Sim, ela existe! Mas sempre há trabalho envolvido, ainda que um poema se me apresente praticamente pronto. No dia a dia, há a decisão de escrever - decisão que nasce do coração.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Que pergunta interessante! Desejo transmitir fundamentalmente transparência e amor; também estabelecer laços com o leitor, em nossa comum humanidade. Consequentemente, pretendo contribuir na construção de uma sociedade mais transparente e solidária! Uma pretensão que é também uma necessidade interior, um apelo constante que sinto, e que acredito - e espero!- que aparece bastante em meus escritos.

5 - Qual o seu público alvo?

 Hoje, sinto-me especialmente vocacionada a escrever como Mulher, para Mulheres.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Sinto dificuldade em enquadrar-me exatamente em uma corrente literária. Talvez possa dizer que é uma poesia contemporânea, com temática um tanto cotidiana, simples e visceral.

7 - Quais as suas referências literárias?

Adélia Prado, Manoel de Barros e Paulo Leminski são autores que instigaram a poesia em mim, trazendo-a à tona. Entre tantos nomes grandiosos e que me formaram - e ainda formam!-, creio que estes três podem ser citados como grandes referências.

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Mais do que tudo, procuro provocar encontros onde apresento meus poemas e meus livros. Sinto demais que minha escrita existe para provocar encontros, conversas, trocas, reflexões. Na medida do possível no momento, procuro também estar em contato com outros escritores, participar de saraus. Também tenho divulgado nas mídias sociais, mormente no Facebook e no Instagram.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Desejo alcançar corações, fomentar humanidade, valorizar o silêncio e a reflexão. Para isso ambiciono que minha poesia se espalhe, se difunda, chegue a muitos leitores. Chegar a ser uma atividade que se auto-sustente, este seria o mais alto sonho realizado.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Qual você considera ser o maior perigo na carreira de um escritor?
Creio que um dos maiores perigos para um escritor é perder o foco. Distrair-se com certas urgências temporais, comerciais, ou ceder a pressões de mercado -ou até mesmo ideológicas!-  que desfoquem-nos do chamado mais profundo de sermos a voz que devemos ser.

Acompanhem o projecto CONEXÕES ATLÂNTICAS neste link

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