Agradecemos ao autor ARMANDO VELHO pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Escrever é
uma necessidade ou um passatempo?
Vejo como uma necessidade. Assim e estando sempre
de “mão quente” e percebo que nunca irei parar. Também só sei que nunca
morrerei com a doença de alzheimer ou de artrite reumatoide, porque com uma
caneta entre os dedos é uma eterna conselheira médica e uma imortalizada
companheira de uma vida.
2 - Em que
género literário se sente mais confortável?
Compartilho com qualquer género literário, mas a
temática só depende do meu estado de loucura, no momento em que escrevo.
3 - O que
escreve é inspiração ou trabalho?
É simplesmente um trabalho de inspiração. Primeiro
“inspiro”, de seguida “expiro” e nada como pegar numa receita de ideias
confeccionar um “gourmet” de letras, degustar as palavras seguidas de tantas
outros vocábulos e com mestria fazer jus a um sentimento bem requintado,
convenientemente criativo.
4 - O que
pretende transmitir com a sua escrita?
A demência de quem pega nas emoções e sente o
entusiasmo de divulgar a gentileza da língua materna, que anda bem perdida na
verborreia de tanta gente.
5 - Qual o seu
público alvo?
Não tenho modelo de público, mas concluí que seria
melhor declamar poesia do que cantar em pleno chuveiro. É contraditório, mas
faço de propósito para os vizinhos ouvir.
6 - Em que
corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?
Nunca fico encarcerado às amarras de tantas
correntes. Digo simplesmente o que vai na alma.
7 - Quais as
suas referências literárias?
As referências são a do conhecimento, da cultura… Naturalmente pega-se
num livro, lê-se e entranha-se.
8 - O que
costuma fazer para divulgar o que escreve?
Desloco-me com frequência às urgências das
palestras inspiradoras, infundido por uma transfusão de emoções, que eu próprio
alucino a corrente poética nas minhas veias.
9 - O que
ambiciona alcançar no universo da escrita?
Ambicionar é um verbo perigoso. Quem escreve não
pode ir além do encanto e sigo um caminho que percorro bem devagar com sentido
de aprender e ouvir outros intervenientes e o que têm para proferir.
10 - Que
pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?
Aonde é tu
tens andado? O que tu fizeste aos escritos que deitaste fora, ou arrumaste numa
gaveta? Porquê só agora? Mais vale tarde do que nunca.
Acompanhem o projecto CONEXÕES ATLÂNTICAS neste link
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