LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Quando me devolvo à essência aparecem as perguntas...
Ontem perguntei-me como se colocariam as lágrimas de volta.
Será que existe alguma forma de as colocar para dentro? Por vezes
os poetas escrevem para colocar lágrimas em forma de letras, mas
ainda não conseguiram descrever como se colocam as lágrimas
para dentro.
Já não sairia poesia? Os abraços dados sem corpos passariam a
existir agora com corpos e sem letras inventadas?...
Perguntei aos deuses como é que se poderiam devolver as lágrimas.
- Não penses nisso e escreve! As lágrimas só têm um sentido!
Olhei para o bloco e acompanhei o caminho das letras seguintes.
As palavras e as frases realmente também só tinham um sentido.
Devolvi-me mais um pouco e continuei a viagem comigo.
Continuei à janela do “meu teu nosso” amor...
Estava à janela e tu também estavas no olhar que te lançava os
“meus teus nossos” olhos...
E estavas...
Estavas ao vento e tu vieste tocar-me na cara num “meu teu
nosso” toque disfarçado dessa brisa mais forte. Os cortinados abanaram
com o abraço invisível e eu saí...
Ao teu encontro!
Saí porque estavas no céu e esse céu é sempre o pensamento
de ti sobre ti em ti somente em ti. Pensamento “meu teu nosso”.
Num encontro das almas...
EM - A PAIXÃO - ESCRITOS E DEMÊNCIAS - JOÃO DORDIO - IN-FINITA
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