Agradecemos à autora PATRÍCIA SANTANA a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto autora e pessoa?
Como um ser em constante (re)construção, o ser autor e
o ser pessoa estão sendo moldados diuturnamente, buscando embasamento no amor,
que me move a ser melhor a cada dia e a buscar uma escrita capaz de tocar a
alma humana.
2 - Quais as influências do Nordeste na sua escrita?
Meus pais são nordestinos, que deixaram a sua terra
para buscarem uma vida melhor em São Paulo. Sou fruto da união desse sangue
nordestino, que retornou para Bahia em 1986, aos sete anos de idade. Toda a
minha formação foi construída no Nordeste, sou extremamente apaixonada pelo
povo, suas variadas formas de falar, cultura, garra, alegria em meio a
tempestades, a esperança de tempos melhores que ressurge em cada amanhecer...
3 - O que lhe motiva a escrever? E porquê a poesia?
Sou movida pelas situações do cotidiano, vivências,
sentimentos que, a depender da situação, latejam em nosso ser... Sendo assim, escrevo
tanto prosa, em especial, crônicas, quanto poesia. A poesia permite ao escritor
um toque especial, alcança o leitor e o faz refletir sobre o que se passa em
sua vida, analisando aspectos externos e internos. Ela tem um papel
importantíssimo: move escritor e leitor a um encontro constante com o seu ser.
4 - Que barreiras existem no seu percurso como autora?
A primeira barreira que enfrento é comigo mesma. Escrevo
desde a adolescência, mas sempre foi uma escrita muito particular, que ficava
guardada nos meus cadernos ou pastas do computador. Os textos compartilhados
eram peças teatrais que escrevia para um projeto literário que realizava em uma
escola estadual que trabalhei de 2004 até 2013. Agora, senti a necessidade de
desafiar-me e comecei a participar de seleções para coletâneas e antologias e
postar meus textos nas redes sociais, no Instagram e na página “Patrícia
Santana: entre prosa e poesia”, no Facebook. Sei que outras surgirão, até
porque estou iniciando nesse processo de escrita, mas na certeza de que todas
elas serão caminhos para mais (auto)conhecimento.
5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
As redes sociais permitem maior visibilidade dos meus
textos. É gratificante saber quando um texto sensibiliza alguém e que pode
fazê-lo refletir sobre determinado assunto e/ou ser tocado por minhas singelas
palavras.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo
da escrita?
Com a escrita é possível ser livre. Escrever é
libertador. Poder discutir variados assuntos, abrangendo um número cada vez
maior de leitores, como também estar em contato constante com diversos
escritores e com tudo que o mundo literário oferece são pontos muito positivos.
Como pontos negativos, não consigo associar a literatura, a escrita, apenas com
status e/ou uma forma criada para obtenção de dinheiro... A escrita vai muito
além, transcende...
7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um
autor?
Toda forma de divulgação é válida, pois autor e obra
passam a ser conhecidos e o trabalho do autor reconhecido pelo amor que dedica
à arte literária.
8 - O que tem feito, enquanto autora, para o
enriquecimento da literatura nordestina?
Sou amante da literatura nordestina. Estudei no
Mestrado sobre algumas crônicas da escritora Rachel de Queiroz. Já publiquei
alguns trabalhos científicos sobre a literatura nordestina e, agora, a
publicação de textos literários. Além de sempre estar divulgando todo tipo de
arte que envolva a literatura nordestina.
9 - Sugira um autor e um livro do Nordeste!
Rachel de Queiroz – Memorial de Maria Moura
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
Ainda não me sinto apta para responder, mas, tenho
certeza, que todas as perguntas que me forem feitas serão respondidas com muita
sinceridade e externando o meu amor pelo que faço.
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