sábado, 25 de agosto de 2018

DEZ PERGUNTAS A... LARA BARRADAS


Agradecemos à autora LARA BARRADAS a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Sempre fui uma pessoa introvertida e, por norma, um introvertido pensa muito e sente exacerbadamente. No entanto, nunca tive facilidade em exteriorizar essa forma peculiar de sentir. Vivo intensamente as emoções, mas é raro que alguém em veja materializá-las de forma visível. Por norma, essa materialização ocorre em momentos de recolhimento.
De resto, tenho defeitos e qualidades que se refletem também na minha personalidade enquanto autora. Penso que sou demasiado complexa para conseguir, sequer, responder a esta questão. Tenho dificuldade em definir-me, as minhas qualidades e defeitos não são estanques.

2 - O que escreve é inspiração ou transpiração?

Inspiro-me para depois transpirar. Coloco muita emoção em ambos os processos. Não sou adepta do superficial.

3 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

A forma como sinto, nem sempre na minha pele. Um autor veste muitas vezes a pele de alguém em quem se inspirou, e encarna o momento que sonha de olhos abertos. Não é fácil transmitir e nem sempre é fácil interpretar. A maior recompensa que um autor pode ter é sentir que, de alguma forma, emociona o leitor ou lhe provoca emoções semelhantes às que sentiu ao escrever. É maravilhosa esta sintonia.

4 – Por que escreve poesia?

Comecei com o desafio de uma editora para integrar uma Antologia. Vi o poema que escrevi por brincadeira ser selecionado e ficou-me o gozo que me deu brincar com as palavras. Fui introduzindo emoção neste jogo e o resultado foi melhorando. Hoje, nada me dá mais prazer do que escrever poesia ou prosa poética. Gosto da aglutinação de um vocabulário cuidado, com o ritmo e a carga emocional típica da poesia.

5 - O que costuma fazer para promover a sua escrita?

O principal meio que uso são as redes sociais, em particular o Facebook e o Instagram. Tenho participado também em coletâneas e antologias.

6 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

Um enorme impacto. Comecei no Facebook para aferir a aceitação do público porque, apesar de os meus amigos gostarem do que escrevia, sempre assumi que a opinião deles era, obviamente, suspeita. Criei uma página de autora e fui promovendo algumas publicações, com um resultado que jamais esperei. A página cresceu de forma muito rápida, atingindo os milhares de seguidores em poucos meses.
Consegui criar uma empatia muito especial com os meus seguidores e tem sido uma experiência inigualável.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

Aparecer, com humildade e respeito genuíno pelo espaço dos outros. Qualquer meio é válido, com especial destaque para as redes sociais que ganharam uma relevância difícil de combater. Mas não basta aparecer, é imperativo que se tenha algumas noções de marketing digital, o que exige muita pesquisa e capacidade de análise. As editoras e entidades de apoio à edição têm também um papel muito relevante na divulgação do autor.

8 - O que ambiciona como autora?

Manter a empatia que tenho vindo a criar com os meus leitores. Escrever mais e melhor. Poderia dizer que um dos meus objetivos é publicar um romance ou um thriller, a médio ou longo prazo, mas vou trilhando este caminho sem criar expetativas. Vivo um dia de cada vez. Não sou de me deslumbrar com a visibilidade ou aspirar ao estrelato. Há muita gente a escrever bem e tenho perfeita consciência que ter um livro num escaparate é tarefa árdua e difícil de alcançar.

9 - Livro físico ou e-book? Porquê?

Livro físico. Porque um livro não é apenas o que se lê, é também tato e o olfato. Um festim para os sentidos.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Esta é fácil.
Gostarias de viver da escrita? Porquê?
Sim. Porque uma paixão que se consolida aos 40 anos, é para a vida toda.

Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link

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