Agradecemos à autora WANDA MONTEIRO a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto autora e pessoa?
Não me defino. Minha natureza é avessa à demarcação das definições, das
classificações, das codificações. Penso que a arte, sobretudo, a arte literária
deve nascer sob o signo da liberdade. Arte nasce libertária e vive libertadora.
2 - O que a inspira?
O sempre tudo da vida, suas invisibilidade, o mistério das coisas miúdas;
a pulsão de tudo que vive e morre aos meus sentidos e percepções.
3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?
Penso que a resposta eu já dei na primeira pergunta. Mas, afirmo: a
liberdade não admite tabus.
4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?
Penso que, dependendo do trabalho de divulgação e distribuição, elas
podem promover a difusão da arte literária e de algum modo, promover a obra de
autores e autoras que não conseguem publicar suas obras em livros solo.
5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
Essas plataformas me permitem interagir com outros autores e autoras e
ainda que, de forma limitada, divulgar o meu trabalho. E o mais importante, dá
alguma visibilidade de minha produção literária que pode ter o alcance de
editores e produtores culturais. A In Finita é um desses bons frutos colhidos
nas redes sociais.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?
Sobre os pontos positivos são inumeráveis e eu precisaria os alinhar em
campos objetivos e subjetivos. Então posso falar de um ponto negativo desse
universo: a dificuldade de publicação e, sobretudo, de distribuição e
divulgação das obras literárias.
7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?
O empenho do autor e da editora na eficiente distribuição e promoção de suas
obras publicadas. O autor tem ser lido e
pra ser lido, o leitor deve ter acesso a elas.
8 - Quais os projectos para o futuro?
Publicação de meu livro A Liturgia do Tempo e outros silêncios; a
conclusão de um romance; e a pesquisa e escrita do livro em prosa biográfica
sobre a obra e legado de meu pai Benedicto Monteiro.
9 - Sugira um autor e um livro.
Dalcídio Jurandir - todos os seus livros.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Você acredita em certezas
absolutas?
Não acredito no absoluto das
certezas, nem das verdades, nem dos dogmas. As certezas nunca são absolutas.
Elas são, no mínimo, obsoletas. Fazem e desfazem dos conceitos do bem e do mal,
mas, pecam pelo obscurantismo de sua lógica.
Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link
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