1 - Como se define enquanto autora e pessoa?
Sou uma autora em busca de conhecimentos, pois sei que
nunca estamos prontos o suficiente. Busco ler autores diversificados, de vários
lugares. Enquanto pessoa, sou um ser sempre em movimento, construindo meu
perfil de cidadã.
2 - O que a inspira?
Muitas coisas. A natureza. Uma dor. Uma alegria. Um
amor.
3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?
Não existem tabus na minha escrita. Escrevo desde o
texto erótico ao texto infantil. Ainda estou muita ligada à poesia, pois sou
insegura com a prosa, mas tenho me arriscado a escrever pequenos contos e
crônicas.
4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?
As antologias e coletâneas são muito importantes. São
veículos nos quais podemos divulgar com mais eficiência o nosso trabalho, já
que se trata de um coletivo. Através do coletivo, nosso alcance é maior, bem
como nos proporciona conhecer outros autores.
5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
Comecei nas redes sociais, por isso considero que são
de extrema relevância. Criei um grupo de poesia, com apenas mulheres
integrando, a partir do Facebook.
Como autoras desconhecidas, começamos a divulgar e comentar nossos textos, daí
surgiu a “Confraria Poética Feminina”, em 2015. O grupo conta hoje com 26
autoras, dois livros publicados, uma agenda poética, um CD com nossos poemas
musicados, e um livro no prelo, a ser lançado na FLIP, em julho.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo
da escrita?
Pontos positivos: Descobrir sempre um novo autor entre
pessoas cada vez mais jovens. Saber que a literatura se mantém presente.
Pontos negativos: disputas tolas, egos exacerbados,
críticas mal fundamentadas.
7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um
autor?
Creio que hoje, com as redes sociais, ficou mais fácil
a divulgação de um autor. No entanto, em termos de Brasil, os livros ainda são
pouco lidos, embora estejamos publicando mais. Muitas vezes, por conta das
dimensões continentais do Brasil, um autor que publique no Nordeste não é
conhecido no Sul ou no Centro-Oeste, e vice-versa. Ainda vivemos ilhados em
nossos mundos. Deste modo, acredito que eventos literários, como as feiras e as
bienais, tenham favorecido a divulgação. Mas, seria preciso que houvesse mais
eventos, como saraus, por exemplo, nos quais pudéssemos contar com pessoas de
outros estados, outras cidades e até outros países.
8 - Quais os projectos para o futuro?
Continuar escrevendo, e muito. Participar mais de
eventos literários, no Brasil e no exterior, se possível.
9 - Sugira um autor e um livro!
Gláucia Lemos, autora baiana, membro da Academia de
Letras da Bahia. Livro: Todas as águas
(Salvador: Editora Kalango), pois me tocou bastante, devido à sensibilidade da
autora em nos surpreender, nos impactar. Neste livro, composto por contos, a
autora nos traz histórias relacionadas com as águas: seus mistérios, seus
encantos, suas bênçãos. O desenrolar das tramas envolve sempre os personagens
com as águas, sejam as doces ou as salgadas.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
Por que escreve? Para dar razão à minha vida e à vida
de tantas outras pessoas, pois a literatura nos leva sempre a outros mundos e a
tocar em outros corações.
Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link
Sempre em movimento. Rita não para! Beijos, querida.
ResponderEliminar